A falta de diálogo prévio na implantação do reordenamento da
educação no município de Guajará-Mirim foi o tema do pronunciamento do deputado
Dr. Neidson (PTdoB), durante sessão plenária da Assembleia Legislativa, nesta
terça-feira (24). Da tribuna, o parlamentar leu um manifesto de professores,
denunciando a situação caótica reinante, após estas mudanças administrativas
introduzidas.
De acordo com o deputado Dr. Neidson, as mudanças foram
implantadas de forma desordenada, sem a necessária e importante realização de
audiência pública para tratar especificamente do assunto com a comunidade
estudantil, pais de alunos e os demais profissionais da educação. A falta de
diálogo, prosseguiu, acabou instalando o caos no sistema educacional.
Explicou o parlamentar que o problema decorre da deliberação
das séries iniciais (antigo primário) do ensino fundamental ficarem
exclusivamente com o município. Desta forma, disse ele, os professores que
atuavam nestas séries estão sobrando, ficando sem lotação e consequentemente
sem atividades.
O deputado também destacou que o documento enviado pelos
professores denuncia a situação de 70 professores sem lotação; professores com
carga horária incompleta; professores sem vínculo com o Estado, ministrando
aulas, desvio de função de professores e professores sem lotação.
“Na prática, o reordenamento vem provocando transtornos,
como a diminuição de salas de aula e em outros casos a superlotação de salas de
aula”, declarou o deputado Dr. Neidson.
Em aparte, o deputado Lazinho da Fetagro (PT) disse que esta
situação é grave e precisa ser averiguada minuciosamente, mas elogiou o
trabalho desenvolvido pela Seduc. Já o deputado Laerte Gomes (PEN) salientou
que a titular da Seduc tem se esforçado muito para resolver estas questões
funcionais, observando, no entanto, que a principal preocupação é não
prejudicar nos alunos. Ele encerrou pedindo que a titular da Seduc se desloque
com urgência até Guajará-Mirim.
ALE/RO - DECOM - [Paulo Ayres]
Foto: José Hilde