Coluna Almanaque- DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
Os atritos e embates que hoje ocorrem entre alguns membros da Câmara e o Poder Executivo de Guajará-Mirim estão acabando com o equilíbrio que deveria existir para a realização de um trabalho mancomunado em prol da população.
Não podemos criar um Estado dentro do Estado e nem fazer politicagem irresponsável. Tem que haver consenso de ambos os poderes para que se discutam assuntos de interesse do povo como a gestão municipal, orçamento participativo, controle social, planilha de custos, saúde, educação, geração de empregos, transparência no trato com a coisa pública, cultura, política e outros fatores de valor agregado.
Em suma: temos que encarar a situação de frente, olhos nos olhos, de maneira a colocar valores no positivo que temos dentro da gente, deixando de lado as picuinhas e de ressaltar as diferenças, fechando assim as portas das frustrações. É preciso uma maior aproximação, um “approach” para que se procure formulas consensuais de governo para enxergar o futuro.
Por isso que o presidente da Câmara Municipal, Paulo Nébio, por possuir o traquejo político que possui, deveria por em prática em caráter de urgência um melhor diálogo (aberto, franco e sereno) entre Câmara e Prefeitura, uma vez que o nosso prefeito Dúlcio Mendes, parece não dispor do mesmo cacife, jogo de cintura, tarimba e outros atributos que este solerte vereador.
Caso isso não venha a ocorrer, Guajará-Mirim, como um bolero antigo, seguirá adiante... De fracasso em fracasso.
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Vagando pelos botecos de minha predileção nas noites dos finais de semana, constato que nos últimos tempos as pessoas, os casais e conjuntos de amigos que se reúnem em seus horários de relax e diversão, não conversam mais entre si. Cada qual se isola em seu mundinho privado via conexão com a tecnologia da Internet. O “whats’up” e o Facebook acabaram com o já remoto e arcaico, embora saudável, diálogo ao vivo e a cores. As pessoas viraram reféns ou escravas do espectro virtual, o que apavora os amantes das boas conversas regada à umas Itaipavas hiper-geladas.
Percebe-se que as pessoas, apesar de próximas na geografia física, estão cada vez mais distantes no âmbito das relações humanas. Outro dia num boteco recém-instalado na cidade, ocorreu um momento em que, afora este que vos escreve e o amigo de boemia Caralambos Vassilakis, que fazíamos de nossa mesa uma arena de debates e ideias político-etílicas, todos os outros clientes, como robôs autômatos, pareciam estar sob efeito da viagem hipnótica dos “Smartphones”.
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Hoje em dia toda empresa moderna procura de todas as formas reduzir custos e aumentar a eficiência. Modelos e formas de trabalhar com esta situação tem virado motivo de reuniões e mais reuniões nas empresas e órgãos públicos. A questão do horário de trabalho nestes setores consiste num gargalo para gestores e empregados.
O filósofo italiano Domenico Di Masi, em seu best seller “O Ócio Criativo”, advoga que a execução da cadeia de metas é mais lucrativa para a empresa ou órgão público do que a obrigação do horário de trabalho. Lógico que ficando sempre à disposição da esfera de controle. Claro também que existem casos excepcionais com detalhes e situações próprias. E para cada caso os raciocínios nem sempre são iguais.
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