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Reunião teve início às 9h da última segunda-feira (5) no TRT em Guajará-Mirim. |
A interdição do Hospital Regional Perpétuo Socorro, ocorrida há pouco
mais de duas semanas por uma decisão judicial do Tribunal Regional do
Trabalho (TRT), foi discutida em uma audiência na última segunda-feira
(5) em Guajará-Mirim (RO), a 330 quilômetros de Porto Velho.
A reunião foi realizada no prédio do TRT e teve o objetivo de debater
possíveis soluções para resolver os problemas da unidade e da falta de
médicos especialistas no município.
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Cerca de 20 pessoas participaram de audiência no TRT em Guajará-Mirim. |
Também participaram da reunião, os prefeitos Dúlcio Mendes, de Guajará-Mirim, e Laerte Queiroz, de Nova Mamoré,
além dos secretários municipais de saúde dos dois municípios,
Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), representantes de entidades
filantrópicas e servidores do Hospital Regional.
Interdição
A unidade foi interditada depois de passar por uma inspeção, que constatou precariedade na infraestrutura do prédio, más condições de trabalho para os servidores e falta de materiais hospitalares. Os inspetores identificaram teias de aranhas, mofos no teto e paredes, pisos quebrados, ferrugem nos equipamentos, armazenamento irregular de produtos, janelas tampadas com papelão, fezes de pombos e morcegos, entre outros problemas.
A unidade foi interditada depois de passar por uma inspeção, que constatou precariedade na infraestrutura do prédio, más condições de trabalho para os servidores e falta de materiais hospitalares. Os inspetores identificaram teias de aranhas, mofos no teto e paredes, pisos quebrados, ferrugem nos equipamentos, armazenamento irregular de produtos, janelas tampadas com papelão, fezes de pombos e morcegos, entre outros problemas.
Com a decisão judicial de interdição, a Justiça do Trabalho determinou
que todos os pacientes internados fossem transferidos para um hospital
particular do município, sem danos aos salários e empregos dos
funcionários.
A decisão previa ainda que as transferências fossem feitas até o último
dia 26 de agosto. Caso contrário, o município e estado receberiam multa
diária de R$ 50 mil, além da pena do crime de responsabilidade pessoal e
solidária dos agentes públicos.
Uma semana depois, uma nova interdição foi realizada no hospital, dessa
vez na área de clínica médica e cirúrgica, por descumprimento do prazo
de transferência dos serviços. Na ocasião, toda a diretoria do Hospital
Regional foi destituída pelo Ministério Público Estadual (MPE). Mesmo
com as interdições, o pronto-socorro da unidade de saúde continua em
funcionamento.
A determinação do Juiz Titular da Vara Regional do Trabalho, Carlos
Antônio Chagas Júnior, ressaltou também que o município e o estado têm
obrigação de fornecer saúde pública à população através do Sistema Único
de Saúde (Sus).
Na última sexta-feira (2), uma audiência pública foi realizada no
município, para discutir junto com a população os problemas do Hospital
Regional. Na última segunda-feira (5), o encontro foi entre as
autoridades.
Durante a reunião, o prefeito Dúlcio Mendes alegou aos inspetores que o
município não tem condições de gerir o Hospital Regional, porque os
recursos repassados são insuficientes para atender a demanda. Ele
declarou ainda que a saúde municipal recebe apenas R$ 315 mil, valor
considerado pela prefeitura abaixo do necessário para gerir a unidade
hospitalar.
Na audiência, as autoridades debateram as possíveis soluções para
resolver os problemas da unidade e da falta de médicos especialistas no
município. Um prazo de 30 dias foi estipulado para que a unidade se
adeque às exigências da Justiça do Trabalho.