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Menor nível foi registrado na segunda-feira, 1,78 metros. |
O nível do rio Madeira subiu cerca 30
centímetros em apenas 1 dia segundo dados pesquisados na Agência
Nacional de Águas (ANA). A menor medida registrada na última
segunda-feira foi de 1,78 metros e na manhã de ontem a marcação foi de
2,10 metros. Esse aumento ocorreu devido as chuvas que aconteceram nas
bacias dos rios Guaporé, Mamoré e em menor quantidade no Beni, entre os
dias 2 e 4 de setembro.
Segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), o aumento do
nível se deve às chuvas que aconteceram em dias anteriores, sendo
esperado pelo volume recebido das cabeceiras. “A subida foi suave, quem
joga água aqui é o Beni, esta bacia tem velocidade grande no escoamento,
com aumento abrupto no nível. […] Mas a maioria destas águas vieram de
chuvas do Mamoré e Guaporé”, explicou Ana Cristina Strava, coordenadora
operacional do Sipam. O rio em Guajará-Mirim já estava apresentando
sinais de recuperação e voltando para a média histórica registrada.
“Como as águas que estão vindo são mais claras altera também a coloração
dos rios aqui. No rio Madeira você já consegue perceber a água mais
esverdiada, vinda do Guaporé e Mamoré”, ressaltou a coordenadora.
Previsão
A previsão é de que as chuvas continuem abaixo da média e que o rio
Madeira continue baixando o nível. “Daqui a 15 dias já tem um pouco
mais de chuva, mas será concentrada no Mamoré e Guaporé e um pouquinho
no Beni, período que o rio deve voltar a subir. Mas deve apresentar
melhoras somente em meados de setembro”, apontou Strava. Historicamente,
este mês é o mais crítico para a navegação no rio. “O ano mais baixo
foi 2005, atingiu a média histórica em 10 de setembro, com a medida de
1,63 metros. Este ano o menor registro foi dia 4 de setembro, com a
marcação em dois metros”, acrescentou a coordenadora.
A média diária é realizada utilizando os valores registrados durante
todo o dia. “A média é feita para eliminar um pico ou outro, porque
quando passam embarcações tem oscilações e para eliminar esse ruído a
CPRM realiza a leitura na régua e faz a média”, finalizou Ana Cristina.
Fonte: Diário da Amazônia.