Após cinco anos, hospital de Guajará volta a ter cirurgias eletivas

Procedimentos cirúrgicos não eram feitos no município desde 2012. Hospital começou a fazer cirurgias eletivas na última segunda-feira, 13.
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O Mamoré
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Centro cirúrgico de Guajará volta a funcionar
O Hospital Regional Perpétuo Socorro de Guajará-Mirim (RO), a cerca de 330 quilômetros de Porto Velho, voltou a ter cirurgias eletivas após cinco anos sem realizar os procedimentos no centro cirúrgico do prédio por falta de infraestrutura. Segundo a direção da unidade, na última segunda-feira (13) foram realizadas três cirurgias, o que não acontecia no município desde 2012; somente cirurgias de urgência e emergência estavam sendo feitas.
Sem profissionais e condições na estrutura do Centro Cirúrgico, as cirurgias eletivas deixaram de ser feitas no hospital. Os pacientes que necessitavam passar por diversos procedimentos cirúrgicos eram constantemente encaminhados para os hospitais da capital e também do distrito de Extrema, a cerca de 400 quilômetros de Guajará-Mirim. No período entre setembro e dezembro de 2016 foram encaminhados 82 pacientes para serem operados em Extrema e outros 14 não conseguiram ir por falta de transporte.
Segundo o médico e coordenador geral da intervenção estadual na unidade, Sérgio Mello, mesmo com a volta das cirurgias eletivas, ainda será necessário encaminhar alguns pacientes para outros locais porque o número de médicos e anestesistas ainda é reduzido. No total, a equipe conta com apenas um anestesista e cinco médicos cirurgiões.
“Estamos reiniciando esse processo e, por enquanto, vamos precisar encaminhar pacientes, pois não eram feitas cirurgias aqui há cinco anos, por isso estamos tomando todas as precauções para que ocorra com a maior segurança possível. Essa restrição pelo anestesista ainda é difícil, mas estamos tentando buscar soluções através de uma escala para trazer o anestesista, mas não depende apenas do estado porque as equipes de anestesia são muito sobrecarregadas”, explica.
Na manhã desta terça-feira (14), a diretora temporária do Hospital Regional, Eucliany Monteiro, disse que com a volta das cirurgias eletivas, a direção do hospital estima uma melhora no atendimento aos pacientes e também uma redução nos gastos com os procedimentos fora da cidade.
“Esses pacientes que farão cirurgias aqui são atendidos pelos médicos da atenção básica nos postos de saúde e chegam com encaminhamentos. Chegando aqui, a equipe médica avalia a situação do paciente e posteriormente faz a cirurgia eletiva. Procedimentos como vasectomia, laqueadura e hérnia, por exemplo, poderão ser feitos aqui normalmente”, declarou a servidora.

Intervenção da Justiça
O Hospital Regional estava sob intervenção da Justiça desde agosto de 2016, quando foi interditado devido as condições precárias do prédio e péssimas condições de trabalho para os servidores. Uma equipe gestora temporária do estado foi designada por ordem judicial para administrar a unidade por um prazo de 120 dias. Nesse período, várias alas do prédio foram reformadas e voltaram a funcionar, como a clínica médica e pediatria, que estavam funcionando em um hospital particular e também a cozinha que estava interditada desde outubro de 2013.
A Justiça realizou inspeções para acompanhar os trabalhos de manutenção e reativação dos setores. Após o fim do prazo, o serviço da equipe foi prorrogado por mais 120 dias pelo Poder Judiciário porque o município vai ter uma eleição suplementar para prefeito no dia 2 de abril.
O prazo final da administração da equipe interventora é até 7 de maio, mas poderá ser prorrogado caso a Justiça entenda que seja necessária a permanência dos servidores na unidade.

Fonte: G1

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