Por Fábio Marques
Semana passada uma polêmica acirrou um debate na página do Facebook de um chegado deste escriba. O assunto versava sobre o programa de governo do candidato ao cargo máximo do Brasil, o Capitão Bolsonaro, quando um cidadão, do alto de seus coturnos, cometeu a sandice de afirmar que “Se o Bolsonaro conseguir adequar o Brasil ao portfólio militar, já vai estar de bom tamanho”. De pronto rebati com um para lá de manjado jargão popular da subversão ao regime da época em que os milicos mandavam a ferros nestes Brasis poucos sabidos. “Para ser militar basta apenas ser burro e acordar cedo”.
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Ah, pra quê! Aquilo que achava que iria ecoar como um chiste ou puro sarcasmo, acatou-se como ofensa digna de se condenar ao paredão num tribunal marcial. Aceso o estopim da discórdia, deu-se início a uma extensa querela com direito a réplicas e tréplicas, ocasião em que este aguerrido escriba rechaçou bem os ataques contrários fazendo os desarmes e até batendo de trivela na gaveta algumas vezes, o que parece ter causado cólera, repulsa e embrulhos nos acólitos de meu opositor de idéias, que tomaram partido no qüiproquó em questão.
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Aos fatos: é claro que minha pronta resposta a falação de meu insigne exegeta não reflete o espírito da verdade. Como já expliquei, o intuito de meu “cutucão” era apenas provocar e elevar o ibope da discussão. Tenho muitos amigos que são egressos ou ainda estão na ativa tanto na Polícia Militar como no Exército verde-oliva. E todos gente finas pacas. Meu pai, por exemplo, era militar. Minha formação ética e social tem seu embrião no esteio militar. Portanto, respeito as opiniões saudosas, mas hoje os tempos são outros. Na democracia moderna não há mais espaço para sistemas arcaicos.
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Ocorre que lá pelas tantas, o cidadão fuzilou um petardo. Atacou dizendo que este escriba era uma pessoa frustrada e infeliz por ter lutado por tesouros que nunca conseguiu desfrutar e que o produto de todas minhas batalhas resultou no fato de estar nos dias de hoje sem porra nenhuma na vida enquanto este fidalgo havia vencido na odisséia pelo bem-estar social.
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Se tivesse um pouco mais de largueza de espírito e menos recalque, o ilustre gentleman iria conseguir enxergar que não possuo inveja de quem tem dinheiro, títulos, automóveis, casarões, fazendas, lanchas náuticas e o caralho a quatro. Tenho inveja sim, confesso, de quem possui mais cultura e mais “norrau” intelectual do que eu.
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Quanto ao distinto cidadão, tenho a dizer que o conheço há muito tempo. Já o vi trabalhar quando jovem, estudar, batalhar para conseguir o emprego que tem hoje, ter uma vida tranqüila, construir patrimônio, família, etc... Tem lá seus méritos. Na contramão, adepto do sistema do “Quanto mais se possui, melhor e o restante que se estrepe”, jamais vai entender que o capitalismo selvagem escraviza as pessoas e destrói tudo que há de mais superior em suas almas.
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Não está pregado em qualquer fragmento desta epístola, a pretensão de alterar o modus-vivendi de quem quer que seja e muito menos ainda de fazer mudanças em meu moto-perpetuo. Aliás, muito difícil um ser humano fazer mudanças no seu modo de enxergar a vida aos 52 anos. Muito obrigado.
Semana passada uma polêmica acirrou um debate na página do Facebook de um chegado deste escriba. O assunto versava sobre o programa de governo do candidato ao cargo máximo do Brasil, o Capitão Bolsonaro, quando um cidadão, do alto de seus coturnos, cometeu a sandice de afirmar que “Se o Bolsonaro conseguir adequar o Brasil ao portfólio militar, já vai estar de bom tamanho”. De pronto rebati com um para lá de manjado jargão popular da subversão ao regime da época em que os milicos mandavam a ferros nestes Brasis poucos sabidos. “Para ser militar basta apenas ser burro e acordar cedo”.
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Ah, pra quê! Aquilo que achava que iria ecoar como um chiste ou puro sarcasmo, acatou-se como ofensa digna de se condenar ao paredão num tribunal marcial. Aceso o estopim da discórdia, deu-se início a uma extensa querela com direito a réplicas e tréplicas, ocasião em que este aguerrido escriba rechaçou bem os ataques contrários fazendo os desarmes e até batendo de trivela na gaveta algumas vezes, o que parece ter causado cólera, repulsa e embrulhos nos acólitos de meu opositor de idéias, que tomaram partido no qüiproquó em questão.
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Aos fatos: é claro que minha pronta resposta a falação de meu insigne exegeta não reflete o espírito da verdade. Como já expliquei, o intuito de meu “cutucão” era apenas provocar e elevar o ibope da discussão. Tenho muitos amigos que são egressos ou ainda estão na ativa tanto na Polícia Militar como no Exército verde-oliva. E todos gente finas pacas. Meu pai, por exemplo, era militar. Minha formação ética e social tem seu embrião no esteio militar. Portanto, respeito as opiniões saudosas, mas hoje os tempos são outros. Na democracia moderna não há mais espaço para sistemas arcaicos.
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Ocorre que lá pelas tantas, o cidadão fuzilou um petardo. Atacou dizendo que este escriba era uma pessoa frustrada e infeliz por ter lutado por tesouros que nunca conseguiu desfrutar e que o produto de todas minhas batalhas resultou no fato de estar nos dias de hoje sem porra nenhuma na vida enquanto este fidalgo havia vencido na odisséia pelo bem-estar social.
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Se tivesse um pouco mais de largueza de espírito e menos recalque, o ilustre gentleman iria conseguir enxergar que não possuo inveja de quem tem dinheiro, títulos, automóveis, casarões, fazendas, lanchas náuticas e o caralho a quatro. Tenho inveja sim, confesso, de quem possui mais cultura e mais “norrau” intelectual do que eu.
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Quanto ao distinto cidadão, tenho a dizer que o conheço há muito tempo. Já o vi trabalhar quando jovem, estudar, batalhar para conseguir o emprego que tem hoje, ter uma vida tranqüila, construir patrimônio, família, etc... Tem lá seus méritos. Na contramão, adepto do sistema do “Quanto mais se possui, melhor e o restante que se estrepe”, jamais vai entender que o capitalismo selvagem escraviza as pessoas e destrói tudo que há de mais superior em suas almas.
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Não está pregado em qualquer fragmento desta epístola, a pretensão de alterar o modus-vivendi de quem quer que seja e muito menos ainda de fazer mudanças em meu moto-perpetuo. Aliás, muito difícil um ser humano fazer mudanças no seu modo de enxergar a vida aos 52 anos. Muito obrigado.