Por Fábio Marques
Após as férias de janeiro, retornei à atuação laboral nesta
quarta-feira, 06 de fevereiro, ocasião em que recebi as boas vindas dos
colegas que trabalham comigo na Câmara e contribuem de alguma forma com
seus ofícios para que esta cidade não possa ficar tão parada no tempo
por conta da letargia que ocorre no Poder Executivo. Nestas férias
viajei de rodagem Brasil adentro cortando todas as cidades do Estado.
Uma coisa pude constatar: Guajará-Mirim está cada vez mais atrasada em
relação a todas as cidades à margem da Rodovia 364. Desde Candeias até
Vilhena, todas superam nossa cidade em tudo o que se possa imaginar em
níveis de progresso e desenvolvimento. Pior: os danos causados à
Guajará-Mirim pela atual gestão municipal só propaga ainda mais em forma
de profecia o apocalipse prestes a devastar a ex Cidade Pérola a
qualquer instante.
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Estive em Goiânia e Anápolis.
Cidade industrial, Anápolis concentra fábricas de tecidos, confecções,
cervejas de marcas famosas e automóveis importados. É aclamada como a
Manchester do Cerrado. Cidade limpa, organizada e de clima muito
agradável. Já Goiânia é uma das raras metrópoles que pode equilibrar
defeitos e qualidades. Não tem para São Paulo, Rio de Janeiro, Maceió,
Recife ou Fortaleza. Goiânia é tão bonita como estas cidades. O que
difere Goiânia é que a exemplo de São Paulo, também não possui um oceano
a banhar-lhe os costados. Para compensar, a capital do Cerrado possui
um estado de espírito que tem levado pessoas a viajar ou turistar por
lá. Uma cidade sem frescuras e nos trinques que acolhe com muito carinho
e capricho todos os que a procuram.
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À falta de
assuntos triviais, mas que também importam e que, sabe-se lá porquê, não
figuram na agenda de notícias dos programas do rádio, o que tem rolado
por aqui é só o aumento da violência a cada dia que passa. Nada
contrário à falta de notícias políticas. De fato é de preocupar nos
últimos tempos o perigo que nos tem cercado. As ameaças são constantes e
aos poucos a síndrome do pânico parece estar tomando de conta dos
cidadãos. Para aqueles que tem fé resta ainda o consolo de suas crenças.
Consolo este que se não apresenta solução para o problema, ao menos
alivia, já que esperar pela proteção dos órgãos e aparatos de segurança é
uma ilusão, uma vez que estes não tem trazido a paz de espírito que
todos almejam.
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Hoje a violência campeia por conta da
falta de emprego e melhorias de vida para aqueles que se encontram sem
rumo ou perspectivas. Aí nossos radialistas donos da verdade arrotam em
seus programas que os marginais têm mais é que mofarem nas cadeias. A
instituição cadeia é outra aberração que não tem mais cabimento. As
cadeias públicas nada mais são do que institutos de preparo e evolução
do crime. Nas cadeias os marginais entram como primários na escola
criminal e acabam saindo com mestrado na matéria. Ou seja, acabam
voltando piores do que quando entraram.
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Então não há o
que discutir. Sem emprego, saúde, educação, perspectivas de melhorias
para si e para a família e justiça social para todos, a tendência é que
os índices de violência aumentem ainda mais.
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Por hoje é só. Um ótimo final de semana!
Coluna Almanaque: DE VOLTA AO BATENTE
Por Fábio Marques
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fevereiro 08, 2019
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