Coluna Almanaque: SOBRE NEPOTISMO E SUCESSÃO MUNICIPAL

Por Fábio Marques
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Por Fábio Marques
Começou o ano político. A corrida para ocupar a poltrona do Palácio Pérola parece estar cada vez mais acirrada. Partidos ventilam hipóteses as mais ecléticas. Nomes e discursos para todos os gostos e desgostos estão na órbita dos assuntos vigentes nos bares e tabernas. Sérgio Bouez, Lucila Socorro, Waldemir “Caçador”, João Soares, Gerson Paz, Gerson, o “Maia”, Fábio Netinho, Taissa Souza, Raissa Bento, Luiz Neguinho, Jorge Monteiro e Cícero Alves.
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Enquanto o quadro sucessório começa a se desenhar, as alianças e apoios também começam a engrenar um festival de diálogos e troca de impressões. Como em política tudo é possível, muita água deverá rolar Rio Mamoré abaixo até os acordos se timbrarem nos papiros oficiais. Uma coisa é certa: a evolução destas conversas vai depender – e muito - da constante mutação dos fatores.
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O MP precisa urgente embargar o Cemitério Santa Cruz e aplicar multa à prefeitura por cada licença para enterro. A superlotação finada degrada o meio ambiente. Há décadas que a cidade aguarda a construção de uma nova necrópole. Não há espaço para sepultar mais ninguém neste campo santo. Que faça o MP uma vistoria in loco citato e constate esta denúncia.
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Em total afronta à Justiça e à Lei do Nepotismo, o prefeito nomeou esta semana sua esposa para o cargo de Secretária Municipal de Turismo e Cultura. De acordo com o verbete constante na Súmula 13 do Supremo Tribunal Federal, nomear cônjuge ou parente direto para cargo público é nepotismo. Com respaldo nesta resenha forense, em agosto de 2017, o Ministro Marco Aurélio Melo deferiu liminar para suspender as portarias do prefeito de uma cidadela do Nordeste que nomeou sua esposa para a Secretaria de Assistência Social e seu filho para a Secretaria de Saúde.
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Fontes confiáveis dão conta de que um agente do primeiro escalão municipal que possui comércio na cidade não está pagando o aluguel do imóvel há mais ou menos três anos. Por conta deste calote, o dublê de lojista e servidor público em cargo de comissão estaria em vias de receber ordem de despejo de seu senhorio através da Justiça.
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Agora qualquer analfa por não ter outro tipo de ocupação, acaba achando que jornalismo é um bom negócio e resolve adentrar o mercado através de um site de notícias. E as matérias? Quando não copiam de outros sítios digitais, dão gorjetas para gente com mais talento escrever as redações.
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E quando resolvem eles próprios se meterem a trabalhar os textos, atentam contra a lógica dos leitores. E dá-lhe pontapés na linguagem pátria: Mandato judicial no lugar de mandado judicial, ao invés de no lugar de em vez de, haja visto no lugar de haja vista, haver no lugar de a ver e outros absurdos.
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Construções frasais erradas, pobreza vocabular, esquema de redação infantil, ignorância no manejo com o idioma por má formação escolar, falta de domínio com as palavras, acentos, regência e concordância. Enfim, assassínio do léxico gramatical que maltrata a notícia e ofende o senso comum dos leitores.
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Que se atente para um fato: a Imprensa não tem a obrigação de ensinar o povo a falar ou escrever de forma correta. Por outro lado, tem a obrigação de não burrificá-lo com notícias mal escritas. Por respeito aos leitores. E somente por respeito.
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Por hoje é só...
* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.

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