Sem registro de qualquer suspeita de infecção pelo
coronavírus, o estado de Rondônia nem por isso baixou a guarda da prevenção, e
está orientando a população quanto a importância da adoção de uma série de
medidas profiláticas para evitar a contaminação por esta e por outros tipos
doenças com larga possibilidade de disseminação pelo ar.
Agevisa orienta a intensificação da prática de lavar as mãos com água e sabão, e transformar em hábito o uso de álcool gel |
De acordo com a enfermeira Ana Flora Camargo Gerhardt,
diretora-geral da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), até por
orientação do Ministério da Saúde, Rondônia se mantém alerta, repassando
informações e orientações a todas as suas unidades de saúde e aos municípios,
ao mesmo tempo em mantém uma linha de comunicação com as autoridades do
Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, em Porto Velho, que, como os
demais, atende a um comando nacional operado pela Agência Nacional de Vigilância
em Saúde (Anvisa), para controle e orientação de passageiros e, também, com o
Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron) e Laboratório Central de
Saúde Pública (Lacen) para toda eventualidade.
O QUE FAZER?
De qualquer forma, segunda ela, é preciso esclarecer que em
Rondônia não há motivo para pânico ou qualquer preocupação maior em relação ao
coronavírus, mas é preciso que a população se mantenha alerta para a
necessidade de se prevenir, e neste ponto a Agevisa já tem uma estratégia para
enfrentar a situação com o envolvimento dos órgãos de saúde, de fronteira aérea
e com todos os municípios, de modo a repassar orientações, coletar dados e
materiais e manter um fluxo adequado do encaminhamento de todas essas informações
para os órgãos competentes.
Ela lembrou que por enquanto, em todo o país, há apenas três
casos suspeitos – em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná -, segundo
garantiu o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que recomendou aos
brasileiros evitar as viagens de férias ou negócios aos países considerados de
risco para propagação do vírus.
Ela disse também que os motivos do alerta à população se
justificam na medida em que há uma suspeita de caso de coronavírus na República
do Peru, que faz fronteira com o estado do Acre, mas que esta suspeita de
ocorrência não deve ser motivo de preocupação, eis que as autoridades acreanas
estão monitorando toda a situação.
RECOMENDAÇÕES À POPULAÇÃO
Como bem orientou a Agevisa, no caso de Rondônia, a população
não precisa ficar apreensiva com a disseminação da doença. Mas segundo Ana
Flora, todos devem estar alerta e adotar medidas básicas de prevenção que
sirvam para evitar a contaminação por esta e por praticamente todo tipo doença,
especialmente as virais.
Segundo a diretora da Agevisa, mesmo com a proximidade das
festas de carnaval, a população deve fazer o possível para evitar as
aglomerações, eis que muitas dessas doenças são transmitidas pelo ar. Outras
medidas, segundo a orientação da Agevisa, são a manutenção de uma boa
alimentação para reforçar a imunidade, fazer da assepsia uma atividade contínua
e rotineira, com a intensificação da prática de lavar as mãos com água e sabão,
e transformar em hábito o uso de álcool gel para criar uma barreira individual
contra o coronavírus e contra todas as demais doenças.
O QUE É CORONAVÍRUS?
Conhecido no mundo da literatura científica como 2019-nCoV,
o coronavírus surgiu em Wuhan, na China, no final de 2019. Até esta última
semana de janeiro, cerca de mil casos haviam sido diagnosticados em nove países
– China, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Cingapura, Vietnã, Taiwan, Nepal e
Estados Unidos -, e já são mais de uma centena de óbitos só na China,
decorrentes de complicações causadas pelo vírus.
A história da disseminação desta doença não é tão recente.
Informações disponíveis de setores especializados indicam que após o surto de
coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV) em 2002 e o surto
de coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) em 2012, o
nCoV é o terceiro coronavírus a surgir na população humana nas últimas duas
décadas – uma emergência que colocou as instituições globais de saúde pública
em alerta total.
No caso da China as autoridades de saúde responderam
rapidamente, informando a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o surto e
compartilhando informações com a comunidade internacional após a descoberta do
agente causador. A OMS também respondeu rapidamente, coordenando o
desenvolvimento do diagnóstico, emitindo orientações sobre monitoramento de
pacientes, coleta de amostras e tratamento e fornecendo informações atualizadas
sobre o surto que passou a ser preocupação mundial, com informações e dados
compartilhados em todo o planeta.
Fonte: Secom - Governo/RO.