Coluna Almanaque: MARCAS DO QUE SE FOI*

Por Fábio Marques
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 Por Fábio Marques

Na eqüidistante Guajará-Mirim de 1982 as lojas do centro comercial estavam repletas de produtos e de clientes, empresas como a CCO e a Mendes Junior davam início às obras de asfaltamento das avenidas Leverger e Constituição em toda sua extensão e 15 de Novembro, Quintino Bocaiúva, Mendonça Lima e Leopoldo de Matos, no seu restante. Neste ano implantou-se o sistema de televisão direta, já que antes nossa TV era repetidora e o Hospital Regional havia acabado de ser entregue à população após completa reforma. Podia se dizer que as coisas em nossa cidade iam de vento em popa.
Muita coisa mudou de lá para cá. A cidade conquistou algumas coisas e perdeu outras. Hoje a cidade implora por alguém honrado e competente no comando da coisa pública. Alguém que saiba administrar com tino, garra, confiança e sentimento de amor ao próximo. Alguém que queira colocar Guajará-Mirim nos trilhos. Alguém que tenha peito para falar sobre tudo o que houve de errado nesta prefeitura, mas que também chame para si a responsabilidade de assumir o conserto destas coisas. Alguém que queira revitalizar o nosso centro comercial. Alguém que tenha coragem de mudar o histórico de sujeiras na administração pública com uma administração transparente e voltada para o cidadão; este sim, o verdadeiro dono da cidade. Alguém que tenha vontade de começar um novo tempo, de começar o futuro.
O povo já não agüenta mais esperar por melhoras que nunca vem. O povo já está cansado de promessas vãs e de discursos vazios. É preciso acabar com esse marasmo pelo qual passa nossa cidade e que já vem durando mais de 20 anos. Marasmo no sentido de que nada aqui vai dar certo, mas também no sentido de desmandos e inoperância. Temos que mudar tudo isso que aí está substituindo por evolução através de novas ações políticas. Queremos mudanças de fato.
Nossa cidade está muito judiada. Alguns bairros recebem melhorias e outros não. O matagal está tomando conta das calçadas nas avenidas da cidade. As obras que já deveriam ter sidas inauguradas estão paradas, como é o caso da construção da creche municipal. É um descaso, pois as picuinhas políticas estão acima das agruras da população.
É preciso lembrar ainda que a nossa população mais pobre, no final das contas acaba vendendo seu voto em troca de sacos de cimento, dentaduras, passagens, cestas básicas, prestação disso ou daquilo, carradas de areia ou piçarra e até por Cinquenta patacas para tomar uma cerveja no boteco da esquina. Faz-se necessário, acima de tudo, que se procure alguma forma de se fazer política sem precisar lançar mão deste tipo de artifício e apelação.
É preciso acabar com este ranço que mantém a cidade no lamaçal que afunda cada vez mais no lodo das falcatruas, dos esquemas, das cartas marcadas, da troca de favores, do toma-la-da-cá, do compadrio na coisa pública, do nepotismo. Guajará-Mirim e sua gente não merecem passar pelo que estão passando.
*Da seleção das melhores crônicas do autor.
*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.


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