Coluna Almanaque: MAUS PRESSÁGIOS

Por Fábio Marques
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 Por Fábio Marques

Guajará-Mirim nos últimos tempos tem vivido dias de desespero e alta tensão nervosa. Dias em que como uma premonição, quase que se pode ter certeza de que algo inesperado pode acontecer a qualquer momento. E isso tem gerado uma certa agonia nas pessoas que andam pelas ruas, no cidadão comum e no seu cotidiano de ir e vir. Nas caras e semblantes que encontramos pelas ruas e avenidas de nossa cidade, percebe-se apreensões, reservas, receios, olhares soturnos, eloqüentes silêncios. Perderam-se todas as esperanças, não há mais salvação para a difícil situação em que se encontra o nosso povo nesses tempos tão sombrios.
De uns tempos para cá, o ambiente tem se tornado tenso, com as pessoas cada vez mais desconfiadas ante o temor de forças invisíveis que deixam em estado de alerta toda a sociedade autóctone guajaramirense. Me atrevo a dizer que nunca, ou quase nunca, este tenso ambiente esteve tão patente em nossas mentes e corações.
E qual a causa deste manifesto baixo astral? Entre vários fatores, está a situação de incerteza pela qual estamos passando e que se abate por todos os bairros e logradouros de nossa cidade. O comércio está em crise, lojistas estão fechando as portas, há muito desemprego, a pobreza está latente, não há perspectiva de melhoras. Hoje em Guajará-Mirim – acreditem – já tem gente morrendo de fome, roubando para comer e latindo para economizar o cachorro.
Há também o fator político. É lamentável que os nossos dignos porta-vozes da população continuem com velhas práticas politiqueiras, especialmente no que refere a arte de perder tempo com conversa fiada, sem aprofundar os assuntos de relevância e sobre os quais deveriam trabalhar com mais afinco. Falta seriedade por parte de nossos políticos para chegar ao âmago dos anseios do cidadão comum. O que a gente vê é que partidos e políticos dotados de cargos até à nível de Estado, se interessam mais em impor temas que influenciam na eleição de fulanos e sicranos através de conchavos internos que são levados ao balcão de negócios do submundo da política sob certas condições “sine qua nons”.
As amarguras que trago trancadas na garganta parecem querer ceder ante a impotência de não poder acalmar a fúria encontrada na vergonha que me provocam os insultos dos canalhas que se sustentam da coisa pública. Por causa desses escrotos é que se acirram as picuinhas, as diatribes, as brigas entre vizinhos, as casas mal vividas, as paixões mal resolvidas e a ambição pelo poder de notórios picaretas. Tudo isso contribui para o inferno astral pelo qual atravessa nossa cidade.
Faz-se urgente e necessário uma mudança nos rumos que conspirem no sentido de nos afastar das demagogias movidas por interesses pessoais ou de conjuntos, e das trapaças sustentadas pelas mais diversas formas gratuitas de se locupletar na malversação dos negócios obscuros que se fazem na calada da noite e da qual participam alguns “honrados” homens públicos de Guajará-Mirim.
Quem sabe assim, o universo abrace a nossa causa e trabalhe em favor da população.
*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.

Polo Guajará-Mirim:

Avenida XV de Novembro, 1922 - Em frente ao Ginásio Afonso Rodrigues

(69) 3541-5375

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