Coluna Almanaque: O PORQUÊ DE TANTOS ACIDENTES

Por Fábio Marques
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Por Fábio Marques

É de preocupar a situação do trânsito em nossa cidade dado o excessivo número de acidentes que ocorrem todos os dias. Já estão virando rotina estes acidentes que lesionam, aleijam e às vezes infelicitam famílias. As estatísticas do IBGE afirmam que a população de Guajará-Mirim não passa de 40.000 habitantes desde 1.980, mas o que se percebe a olhos vistos é que Guajará está crescendo a cada dia, a nossa frota de veículos triplicou de lá para cá, mas a cidade não está sabendo adaptar a sua malha viária às adequações do trânsito, tais como fluxo, refluxo, sinalização, mão e contramão.

Acrescente-se a isso o tráfego de carretas e caminhões pesados no horário de pico nas ruas da cidade e os motoristas irresponsáveis para conduzir veículos que transitam em alta velocidade e às vezes sem o menor respeito pelas leis de trânsito. Sim, porque de nada adianta o governo fazer a sua parte pondo as sinalizações de praxe, maior rigor no trânsito, multas pesadas, perda de pontos na carteira, aulas de educação no trânsito, se a população sente uma vontade enorme de transgredir as leis, dirigir em alta velocidade, estaciona nas esquinas, ultrapassa pela direita, não cede passagem, não faz as revisões no seu carro, anda com freio baixo, pneus carecas etc...
Não vamos nem falar aqui no prejuízo para o município que gasta com atendimento hospitalar, remoção de feridos para a capital, traslados fúnebres, autópsias, gastos com as pessoas acidentadas e seus veículos (danos materiais) e custos processuais (atendimento policial e processos judiciais). Também não vamos nem tocar no assunto do repasse do IPVA, que tem como objetivo a sinalização das ruas da cidade, mas que parece que este dinheiro só tem servido para reforçar o caixa da prefeitura.
Outro dia conversei com um amigo perito da Polícia Civil a respeito do assunto e recolhi subsídios para a matéria em questão. Disse o perito que a velocidade máxima no perímetro urbano de Guajará-Mirim é de 40 km por hora, isto quer dizer que quem estiver a 60 quilômetros horários, em caso de acidente, mesmo que esteja na preferencial, tem culpa no cartório. Alertou ainda que se a Câmara não revogar em caráter de urgência a lei que transformou a Avenida Dr. Leverger em mão dupla, aquela rua ainda vai ser palco de muitas tragédias, haja vista a aglomeração caótica de automóveis, caminhões pesados, motos, ciclistas e pedestres que disputam aquela estreita faixa de tráfego.
Ao término deste bate-papo o perito concordou que neste imbróglio o governo tem seu percentual de culpa, uma vez que não investe o dinheiro arrecadado com as multas na segurança de trânsito, mas por outro lado não adianta culpar só o governo pelos acidentes e suas vítimas. “Todo mundo sabe que a grande maioria dos acidentes de trânsito são causados por imprudência ou imperícia dos motoristas”.
Em suma, há um mea-culpa. O governo tem sua parcela nisto, mas sem a ajuda dos cidadãos nunca iremos chegar à solução desse problema.

*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.

Polo Guajará-Mirim:

Avenida XV de Novembro, 1922 - Em frente ao Ginásio Afonso Rodrigues

(69) 3541-5375


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