Coluna Almanaque: MANHÃ DE SOL EM GUAYARAMERIN

Por Fábio Marques
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 Por Fábio Marques

Foi numa ensolarada manhã de domingo o dia em que o poeta conheceu Tara Patrícia. Estava indo à um passeio na cidade de Guayaramerin, na Bolívia e por um fortuito desígnio do destino atravessou junto com esta senhora na mesma barcaça o caudaloso rio que separa as duas cidades. Eram meados de novembro de 2004.
A verdade é que o poeta já a conhecia de vista. Tara Patrícia, mulher bonita, estilo balzaca européia, pele alva, porte altaneiro, olhos cor de amêndoas, cabelos que a depender das luzes solares se faziam ora pretos, ora ruivos. A primeira impressão que lhe passara era que ali estava uma mulher de atitude. E mais: era formada em comunicação social. Como ele, também era jornalista.
No trajeto os dois jornalistas talharam uma conversa que foi pautada mais ou menos no seguinte teor: - Você também está indo ver o desfile? Ela respondeu: - Não... Vai haver algum desfile do lado de lá? Sim, haveria um desfile com a participação de várias misses de toda a Bolívia no Hotel e Restaurante Itaúba, pertencente a um grande amigo do poeta e para o qual ele havia sido convidado.
No proveito do ensejo, disse que se caso aceitasse, a partir daquele momento ela seria sua convidada. Ela, educadamente agradeceu o convite, mas explicou que antes precisava fazer umas compras no comércio e que ele ligasse em seu celular em mais ou menos quarenta minutos.
Não foi preciso ligar. Como ele também tinha que ir na Comercial Alexander comprar um litro de Buchanans, acabaram reencontrando-se nas portas deste comércio. Como já estava de saída, perguntou se ela lhe daria o prazer de compartir uma cerveja Paceña num bar em frente à praça central. Ela aceitou. E em menos de vinte minutos lá estava ela.
Após a sexta cerveja e boas conversas rumaram para o Hotel San Carlos, onde uma vez alojados na suíte 220, se deram múltiplos orgasmos. “Existem momentos que passam, mas acabam ficando. As lembranças destes momentos também acabam fazendo com que nossa solidão se dilate na dimensão espacial, mas ao mesmo tempo fazendo com que esta solidão fique menos sofrível. Seus cabelos pretos lisos, seus olhos castanhos, seus seios de róseos mamilos e sua (censurado) com os pentelhos quase alvos a esconder de forma discreta o clitóris, tudo isso ainda mexe com minha libido. A sua meiguice e feminilidade até hoje não me saem da cabeça”. Lembrava o poeta em suas libações alcóolicas.
Muito bem: depois que passaram em revista as mais bizarras posições sexuais que sugere o Kama-sutra, fizeram uma pequena dissertação pós-coito com direito a discussão sócio-metafísica e – pasmem – até promessas de ajuntar os panos, comprar um barraco no Conjunto Caetano e um Continental de seis bocas na GR Eletro.
Após estes colóquios, se despediram no porto oficial daquele “distante país” e depois deste dia nunca mais o poeta voltou a ver Tara Patrícia.
Como vocês sabem, Guajará-Mirim é uma cidade muito grande e muita gente passa por aqui.
*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.

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