Coluna Almanaque: A FAVOR DA NOTÍCIA COM QUALIDADE

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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 Por Fábio Marques

Tenho notado em alguns sites da cidade redações de pretensos cunhos jornalísticos escritos sabe-se lá por quem, que mais parecem composições infantis. Afora o fato de estarem tratando a linguagem pátria a pontapés, também atropelam o padrão e a convenção da escrita jornalística. Desde a manchete, passando pelo texto corrido, chegando até o remate final. Escrever não é difícil. Mas também não é fácil. Requer tempo, disposição, paciência, domínio básico do português, traquejo com as palavras, know-how acerca do assunto. Escrever dá trabalho. E escrever bem, mais ainda. Não é como estar presente à uma reunião qualquer e rabiscar o que foi falado. Escrever matérias não é como fazer atas de reunião. Escrever como jornalista exige copidesque, adaptação. Além da correção gramatical e clareza sobre os fatos narrados.
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Aos pseudojornalistas, um lembrete: que procurem se inteirar das noções básicas que poderão lhes ajudar na prática da redação de modo a melhorar seus textos com estilo e elegância. Quando a matéria é bem apurada, acaba passando a impressão de que se escreve sozinha. Já os vícios de um texto medíocre resultam de esforços frustrados para tapar buracos de uma apuração malfeita. Qualidade na informação é ponto de excelência para quem trata a notícia com zelo e capricho. Portanto, leiam muito. Afinal, só escreve bem quem lê muito bem e acima de tudo escolhe muito bem sua leitura.
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Confesso que não é de meu desejo criticar fulanos e sicranos, mas não há como ficar calado diante de matérias que empurram como notícias, neófitos de alguns sites da cidade. Aviso a estes fazedores de notícias: a notícia é o relato dos fatos de importância para todos. É o resumo de tudo o que público precisa saber, que o público deseja comentar ou opinar. É o informe exato daquilo que ocorreu. A notícia requer, portanto, apuração, pesquisa, seleção e redação apropriada.
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Ocorre que os caras querem adentrar o ramo de qualquer jeito e não se atém ao fato de que uma boa redação tem regras que exigem além da qualidade na informação, acertos na concordância, na regência, na gramática, na expressão vocabular. Aí dá-lhe pontapés na linguagem pátria e na convenção do texto para jornais.
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Tudo é leitura. O fato de uma pessoa ter uma escrita gramatical sofrível não significa que ela não tenha cultura. Mas é sintoma de alguém que não é chegado à leitura ou que lê muito pouco. Desculpem-me a franqueza, caros colegas novatos no negócio.
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Todos os anos a Unir e o Instituto Federal de Rondônia coloca na cidade dezenas, talvez centenas de pessoas formadas em alguma área de atuação. O problema é que uma vez formadas, estas pessoas não conseguem adentrar o mercado de trabalho porque inexistem ocupações para suas formações. Isto é só um exemplo. O outro é das pessoas de baixa renda e cultura, que por não acharem vagas no mercado de trabalho ou oferta de empregos, descambam para o crime, para o tráfico ou consumo de ilícitos, para a violência.
*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.



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