Coluna Almanaque: ATIRE A PRIMEIRA PEDRA

Por Fábio Marques
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Por Fábio Marques

É defeito comum do homem, já dizia Nietzsche, ocupar-se muito com as coisas externas e abandonar as coisas internas, de trabalhar pela aparência ou pela exibição e desprezar o efetivo e o real, de pensar de maneira constante naquilo que parece e não se recordar daquilo que na verdade é. Não se deve procurar ocupar um lugar na sociedade se antes não se sabe que homem você é em particular. Faz-se mister primeiro reformar o homem antes de lhe indicar o seu lugar no espaço social.
Esta chorumela editorial tem como objetivo alertar a população para a corrida rumo às eleições de 2022 que começa a se avolumar a cada dia mais. Esta é a época em que as já bastantes manjadas aves de rapina começam a sair do conforto de seus palácios passando a aparecer em eventos a fim de ludibriar o povão ingênuo lançando propostas e soluções que nem eles mesmos acreditam. Prometem mundos e fundos, miragens e absurdos. São capazes de vender até areia para deserto e paisagem para cego.
Após intenso apagão, políticos começam a aparecer em entrevistas nos programas de rádio e reuniões de bastidores em churrascos e até festanças de rodeio. Tudo isto com o objetivo de marcar presença. Muitos dos que hoje anunciam de forma prematura sua candidatura, terão que batalhar contra o desgaste popular da própria imagem somente pela avidez em querer aparecer nos holofotes antes da hora marcada.
As notícias que nos tem chegado dão conta de que alguns políticos já começam a fechar acordos de aliança que se permitem no atual sistema de eleições vigente. Mas alguns acertos feitos na calada da noite, a nossa justiça não deveria tolerar, haja vista que são sem limites, sem responsabilidades e que só atendem interesses que passam a quilômetros dos interesses do povo. Em muitos casos, a população fica a se perguntar o porquê de algumas alianças vem sendo formada por políticos que até pouco tempo nem podiam se ver e hoje anunciam juntos promessas que jamais serão cumpridas.
Agora é preciso também que se entenda que as alianças não são honestas ou nocivas. Quem as faz honestas ou nocivas são aqueles que costuram acertos, não conhecem as bases e objetivos do programa e avançam o sinal além do interesse público. Por isso é preciso mais consciência na hora de colocar seu voto na urna e dar mais importância ao título de eleitor. A sociedade não pode mais perpetuar pessoas que há muito tempo deveriam estar banidas da vida pública, mas que continuam numa batalha desenfreada por cargos e benesses do Governo e sem o menor interesse com a sociedade.
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A poesia explica: Perdão meu amor, pelo meu tresloucado amor por você. Perdão meu amor, por ter te amado como ninguém jamais te amou e, pela cegueira do meu amor por você, achava que merecia também o teu amor. Perdão meu amor, e obrigado por este romance que me fez reviver e que agora está me matando de solidão...
*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.


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