O Brasil e a Bolívia possuem laços muito antigos de uma relação pacífica e de colaboração mútua. O Tratado de Petrópolis, acordo firmado entre os dois países 120 anos atrás, é uma prova clara desses laços. Cerca de 40 dias atrás, quando o Ministro dos Transportes, Renan Filho, visitou o estado de Rondônia, ele cumpriu agenda especificamente em Guajará-Mirim, município que faz fronteira com o país vizinho. Durante a visita, o ministro anunciou que o projeto para a construção da ponte que liga Guayaramerin (Bolívia) a Guajará-Mirim (Brasil) estava 100% pronto. Renan Filho disse ainda, na ocasião, que o presidente Lula teria uma agenda com o presidente boliviano no evento denominado “Cúpula da Amazônia” e que certamente tratariam sobre o tema da construção da ponte.
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A informação deixou brasileiros e bolivianos muito esperançosos, porque a obra representa para a população da fronteira a consolidação de diversos projetos regionais de desenvolvimento e a possibilidade de acesso mais fácil entre as duas cidades da fronteira. Além disso, é um projeto que certamente será fundamental para a geração de emprego e aquecimento da economia de ambos os países. O problema é que, na semana passada, foi divulgada uma informação no Diário Oficial da União sobre o cancelamento da licitação da Ponte Binacional Brasil-Bolívia, Guajará-Mirim, Guayaramerin. A informação deixou a população boliviana muito irritada, especialmente nos municípios como Riberalta e outras cidades bolivianas da Região do Beni - Bolívia. Alguns movimentos populares, segundo informação que chegaram à redação, passaram a se organizar e até realizar bloqueios em algumas estradas, chamadas de “carreteras” no idioma espanhol. Vários protestos contra o governo brasileiro teriam iniciado, solicitando que o governo brasileiro resolva os problemas que surgiram recentemente e que nova licitação seja lançada para que as empresas possam participar e se habilitar no certame. A ponte binacional entre Brasil e Bolívia é um sonho secular de milhares de pessoas da fronteira.
As últimas informações obtidas da Bolívia são no sentido de que o Comitê Cívico Del Beni convocou a população para vários atos que terão início a partir do dia 25 de setembro. Segundo as informações, haverá vigília do povo boliviano nas instituições públicas, bloqueios nas estradas, aeroportos e o fechamento da fronteira em todas as cidades da jurisdição do Departamento do Beni. O comunicado traz a assinatura do presidente do Comitê Cívico Del Beni, Hugo Aponte Arias e da vice-presidente do comitê, senhora Tania Sudaña Herrera. Nossa equipe de redação fará a atualização das informações, caso haja alguma mudança sobre as previsões passadas até este momento.
Nota encaminhada pelo Comitê |
Fonte: Guajará Notícias
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