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Segundo a testemunha, os criminosos passaram por ele sem dizer palavra, mas apontando as armas em sua direção, e seguiram em direção ao Ramal Lage, nas imediações dos fundos do presídio local. Diante da gravidade da situação, uma equipe do BPA se deslocou ao local indicado, em operação conjunta com o Batalhão de Policiamento Tático de Ação e Reação (BPTAR). Também se integrou à ação uma equipe do Núcleo de Inteligência do 6º Batalhão de Polícia Militar (6º BPM).
Informações preliminares do serviço de inteligência indicavam que, momentos antes, quatro motocicletas haviam sido roubadas, com autores apresentando descrição semelhante à dos homens avistados pelo trabalhador rural. A suspeita é de que os criminosos tentavam transportar os veículos para a Bolívia, utilizando rotas clandestinas pela mata.
Durante as buscas, os policiais localizaram um carreador com sinais recentes de passagem, como marcas de pneus, vegetação tombada e trilha recém-aberta. A equipe seguiu por cerca de dois quilômetros até a margem brasileira do Rio Mamoré, onde visualizaram uma embarcação atracando na margem oposta do rio, já em território boliviano. Um homem foi visto desembarcando da embarcação, mas a distância impediu uma identificação clara.
Enquanto os policiais realizavam varredura na margem brasileira para tentar localizar os veículos roubados ou outros indícios, foram surpreendidos por disparos de arma de fogo vindos da margem boliviana. Os criminosos, abrigados do outro lado do rio, abriram fogo contra os militares brasileiros.
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De imediato, os policiais formaram um dispositivo tático de resposta e revidaram aos disparos com o objetivo de cessar a agressão e preservar a integridade da equipe. Após a troca de tiros, cessadas as hostilidades, foi feita uma varredura minuciosa na margem brasileira, mas nenhum suspeito, motocicleta ou material ilícito foi localizado.
Devido à falta de embarcação adequada para travessia e em respeito à soberania territorial e às normas internacionais, os militares não puderam prosseguir a perseguição em solo boliviano. As informações coletadas foram repassadas às autoridades competentes para ações de cooperação internacional na região de fronteira.
Fonte: O MAMORÉ