Para comemorar os 87 anos de Guajará-Mirim, o Poder
Executivo lançou um calendário festivo para todo o mês de abril. A programação
inclui atividades esportivas, exposições e apresentações culturais.
A programação inicia neste sábado (09), com o 3º Festival de
Artes Marciais da Pérola, em frente ao Museu Municipal, 16h; no domingo, 10 de
abril, solenidade no Palácio Pérola do Mamoré a partir de 8h30min, às 9h30min
inauguração das obras realizadas na Câmara de Vereadores. Ainda no domingo, a
final do 26º Campeonato de Inverno, a partir de 10h, no campo do Bairro Jardim
das Esmeraldas. A programação seguirá até o dia 24 de abril. Confira na
íntegra:
Guajará-Mirim
Guajará-Mirim município brasileiro do estado de Rondônia, fundado em 10 de abril de 1929.
Possui 46.632 habitantes
(IBGE/2015) e uma área de 24.855,724
km²,
sendo o segundo maior município do estado em extensão territorial.
O Município de Guajará-Mirim, que em Tupi-guarani significa
"Cachoeira Pequena", tem sua história intimamente ligada à construção
da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
Situada em região das mais belas do Estado, Guajará-Mirim ganhou
ao longo dos anos o apelido carinhoso de "Pérola do Mamoré", e
orgulha-se de todos aqueles que a fizeram, transformando a cidade em um dos
pontos mais apreciados para visitação e turismo.
Em maio de 2009, na cidade do Rio de Janeiro, Guajará-Mirim
recebeu o título de Cidade Verde, outorgado pelo Instituto Ambiental Biosfera
em razão de seu Mosaico de Áreas protegidas que fazem da Pérola do Mamoré um
dos maiores municípios brasileiros em áreas preservadas. Outras 29 cidades
brasileiras também receberam o prestigiado prêmio.
Até o início do século XIX, "Guajará-Mirim era apenas uma
indicação geográfica para designar o ponto brasileiro à povoação boliviana de
Guayaramerin" (Vítor Hugo - Os Desbravadores). Naquela época, a povoação
era conhecida como Esperidião Marques.
Em 17 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado de
Petrópolis com a Bolívia, o Brasil se comprometia a construir uma estrada de
ferro, ligando os portos de Santo Antônio do Rio Madeira, em Porto Velho, ao de
Guajará-Mirim, no Rio Mamoré, destinada ao escoamento dos produtos bolivianos.
Os direitos sobre tarifas seriam recíprocos e a localidade foi se tornando
conhecida no país com repercussão no exterior.
No ciclo da borracha, a extração do látex foi, sem dúvida, ponto
decisivo na vida do município. A construção do transporte ferroviário (Estrada
de Ferro Madeira-Mamoré) veio acelerar o povoamento local, contribuindo no
incremento da agricultura, além do extrativismo vegetal proporcionado pela
vasta e rica vegetação natural existente. Estes e outros fatores, também de relevante
importância influíram na subsistência da localidade.
Em 30 de abril de 1912, foi concluída a Estrada de Ferro
Madeira-Mamoré e inaugurada oficialmente em 1º de agosto do mesmo ano. Ainda
naquele ano, a 8 de outubro, o Governo da Província de Mato Grosso instalou na
localidade um posto fiscal, também com a incumbência de arrecadar impostos, sob
as ordens do guarda Manoel Tibúrcio Dutra.
Em abril de 1917, chegou à região de Guajará-Mirim o capitão
Manoel Teófilo da Costa Pinheiro, um dos membros da Comissão Rondon. Através
dos meandros e lagos do rio Cautário, encontrou apenas algumas poucas centenas
de seringueiros mourejando nos barracões da Guaporé Ruber Company, empresa que
monopolizava a compra e exportação da borracha produzida na região, na época
gerenciada pelo coronel da Guarda Nacional, Paulo Saldanha. Eram os barracões
"Rodrigues Alves", "Santa Cruz", "Renascença" e
outros localizados próximos ao Forte Príncipe da Beira. Nada mais havia, a não
ser índios arredios que habitavam a região e, de quando em vez, atacavam os
exploradores da seringa, que iam à represália procurando dizimá-los, criando
rixas entre os grupos e subgrupos dos tupis, hauris e outros, sendo os
pacaás-novos, do grupo jarú, os mais aguerridos nos combates com os colonizadores
extrativistas.
Em 26 de junho de 1922, através da Resolução nº 879, o
Presidente da Província de Mato Grosso transformou a povoação de Espiridião
Marques em Distrito de Paz do município de Santo Antônio do Rio Madeira. Quatro
anos mais tarde, em 12 de julho de 1926, a povoação foi elevada à categoria de
cidade, por ato assinado também pelo então Presidente da Província de Mato
Grosso, Mário Corrêa da Costa. Em 12 de julho de 1928, pela Lei nº 991,
assinada pela mesma autoridade, o Distrito foi elevado à categoria de município
e comarca com área desmembrada do município de Santo Antônio do Rio Madeira,
tomando o nome de Guajará-Mirim, já usualmente designado pela população. O
município foi oficialmente instalado em 10 de abril de 1929.
Em 13 de setembro de 1943, pelos Decretos Lei nº 5.812, o
município de Guajará-Mirim passou a fazer parte integrante do Território
Federal do Guaporé, criado nessa data. No dia 21 de setembro do mesmo ano, pelo
Decreto Lei nº 5.839, a sua área territorial, somada a uma parte da área
territorial do município de Mato Grosso-MT (ex-Vila Bela da Santíssima
Trindade), passou a compor o novo município de Guajará-Mirim. Esta composição
territorial e sua confirmação definitiva como parte integrante do Território
Federal do Guaporé se deu em 31 de maio de 1944 através do Decreto-Lei nº
6.550.
Por intermédio do Decreto Lei, nº 7.470, de 17 de abril de 1945,
o município de Guajará-Mirim e o município de Porto Velho passaram a fazer
parte como os dois únicos municípios da divisão administrativa e judiciária do
Território Federal do Guaporé.
Fonte: O Mamoré com informações guajaramirim.ro.gov.br