Por Fábio Marques
Às vésperas de mais um aniversário de criação da
cidade, Guajará-Mirim está passando pela sua maior crise cíclica jamais
vivida. A cidade acumula problemas em todos os setores em que se possa
imaginar. Não há boas notícias a ofertar a família, aos amigos, aos
vizinhos, aos turistas. Refém do atraso político, Guajará é hoje apenas
uma cidade perdida num passado glorioso nas lembranças das pessoas.
Guajará-Mirim em tempos antigos já exportou produtos agrícolas. Hoje os
importa. Guajará possuía um comércio vibrante que abastecia toda a
região do Beni na Bolívia, além das cidades e povoados que margeiam os
Rios Mamoré e Guaporé. A pulsação do dínamo comercial desta época acabou
num agudo enfarte após a maioria das fontes de consumo acharem outros
atalhos para suprirem suas precisões.
Embora tenha havido outras
ciclagens de impulso à alavanca comercial, tais como a época dos
garimpos e da Zona de Livre Comércio, foi na fase do Eldorado da
Castanha e da borracha que a cidade despontou como referencial de
progresso. Todos tinham emprego. Todos tinham trabalho ou ocupação que
lhes garantiam o sustento de suas famílias. De lá para cá, nunca mais a
cidade se encontrou de maneira social e econômica.
Hoje em
Guajará-Mirim é tamanha a crise de valores que se exige uma completa
mudança de conceitos e modelos. É tamanha a magnitude do espectro que a
sociedade atuante nos problemas da cidade conclama por variação nos
formatos.
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A se confirmar a saída da Secretária de
Fazenda Municipal, Aleide Fernandes, comenta-se na cidade que o prefeito
Dúlcio Mendes está perdendo uma das melhores cabeças da atual
administração. Por outro lado, as mesmas pessoas que lamentam a saída de
Aleide, também especulam como suicídio politico do prefeito, a nomeação
do secretário que, comentam, irá assumir a pasta e acumular secretarias
gestoras de recursos e ajustes de receitas e despesas. Segundo os
falatórios, o prefeito afunda de vez seu governo com tal nomeação.
Relatam como exemplo os estragos e lambanças que ocorreram na Câmara
quando este cidadão atuava na chefia de gabinete.
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Seguinte: as práticas contábeis do setor público, em sua maioria, tem
como objetivo esconder as contas públicas, ou no mínimo sofisticar a sua
leitura com a prática de linguagens técnicas cujo objetivo é tornar
difícil a compreensão para leigos no assunto ou iletrados políticos. Na
gestão anterior da Câmara, à época em que este cidadão atuava como
chefia de gabinete, até hoje é motivo de conversa nos bate-papos de
botecos, um regabofe bancado pela Casa de Leis para deputados do Estado
que realizaram uma sessão itinerante na cidade. Ora, a Câmara não
fabrica ou organiza receitas. À Câmara, é cabido apenas ordenar
despesas. Despesas, entenda-se bem, da Câmara.
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Outro
dia, o secretário de Obras e Serviços da prefeitura, Everaldo do PT, em
entrevista à uma emissora de rádio, revelou que não vai mais se
candidatar a prefeito pelo partido vermelho. Disse ainda que em vez
disso, vai procurar um partido que esteja querendo formatar uma aliança
com o PT para engatar um consórcio em vistas às eleições municipais de
2016. Pergunto: que partido hoje em sã consciência vai querer pactuar-se
com o PT? É suicídio para qualquer partido aceitar o PT como aliado
nesta disputa. O PT está acabado. O PT é um partido fúnebre. Queimação
de filmagem.
Apoio: Churrascaria e Hotel Quinzão
Laboratório Laden
Coluna Almanaque - À ESPERA DO MATINÊ
Por Fábio Marques
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abril 08, 2016
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