Nuvepa registra 49 casos de dengue confirmados em Guajará-Mirim

Número aumentou em relação a 2015. Motivo pode ter sido o surto da doença nas cidades bolivianas de fronteira.
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O Mamoré
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O Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Nuvepa) registrou nos quatro primeiros meses de 2016, 49 casos confirmados de dengue em Guajará-Mirim (RO), município localizado na fronteira com a Bolívia a cerca de 330 quilômetros de Porto Velho. De acordo com o Nuvepa, em 2015, oito pessoas foram diagnosticadas com a doença e não houve casos de chikungunya ou vírus da zika.

Em entrevista ao G1 na manhã desta quarta-feira (6), o enfermeiro Osman Brasil, que é o chefe do setor de epidemiologia do Nuvepa, declarou que apesar do número de casos confirmados, o município não corre risco de sofrer uma epidemia de dengue.

"Não há motivos para desespero, porque estamos controlando bem a situação, isso é uma situação atípica. Aqui em Guajará-Mirim, eu considero que temos conseguido manter os níveis aceitáveis. Os casos aumentaram aqui devido a um surto de dengue e chikungunya, que algumas cidades da Bolívia aqui na fronteira estão vivendo, como Guayaramerín e Riberalta. O fluxo de pessoas é muito grande na fronteira e isso acaba aumentando os riscos", justificou o servidor.

Osman disse ainda que o período de chuvas facilita a proliferação do mosquito Aedes aegypti, mas o trabalho de identificação e eliminação de criadouros é realizado diariamente pelos agentes comunitários de endemias.

"Com as chuvas, o Aedes acaba se reproduzindo mais, porém, temos intensificado o combate e visitação nas residências. Temos uma parceria com o governo do estado e ele nos fornece o material e equipamentos que a gente solicita. Ano passado, fomos contemplados com duas bombas novas e mais uma caminhonete", concluiu.

Ainda de acordo com o Nuvepa, em 2016, já houve 258 notificações, mas somente 49 pacientes foram diagnosticados com dengue. Não há registros de casos de chikungunya e vírus da zika. Os bairros com maiores índices de notificações são o Liberdade com 67 e o Santa Luzia com 48.

Para a dona de casa Roseli Fonseca, de 47 anos, que é moradora do Bairro Santa Luzia, a vizinhança deve se unir para manter os quintais limpos para evitar que o Aedes aegypti se reproduza. "Toda a comunidade deve ajudar no combate e não ficar só esperando o trabalho dos agentes. Se todo mundo fizer sua parte, vamos conseguir vencer essa guerra. Aqui no bairro conheço muita gente que já pegou dengue, inclusive meu marido. Acho que o fato de estar chovendo muito e ter acúmulo de matagal e lixo acaba ajudando a reprodução do mosquito", diz.

Fonte: G1.
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