Por Fábio Marques
No bacanal das convenções dos partidos políticos que objetivam disputar o
pleito eletivo de 2016 em Guajará-Mirim, aconteceu de tudo. Gente
vestindo as casacas das mais diversas legendas, gente pegando carona em
coligação contrária apenas para não ficar de fora da peleja, inimigos
figadais aos braços e abraços, gente sem caráter que não se importa com
as escarpas e arranhões da subida ao Poder.
Mas o que importa? Se o
negócio compensa, todo esforço é válido. Nesta Sodoma e Gomorra, o que
mais assombrou foi ter que assistir notórias figuras da política a
distribuir tapinhas nas costas de grotescos e simplórios pernósticos que
até então eram tratados pelos recém aliados, como bandidos, mafiosos e
outros adjetivos não muito amigáveis.
Ora! Ser político é um baita
negócio. Imagine não ter patrão, nem horário de trabalho, nem ter que
assinar ponto e ainda receber um ótimo salário. Agora é preciso
caprichar na falsidade. Desde os apertos de mãos até os aplausos.
Afinal, a corrupção dos valores exige uma certa dosagem de demagogia
explícita.
Uma vez cooptado ao aparato, começa-se a “trabalhar”.
Balcões de negócios, barganhas de recursos, acordos obscuros, licitações
viciadas, percentuais em forma de presentes de empresas que faturam com
acertos, conchavos, mutretas. Rasgando a ética e o decoro do poder, as
aves de rapina da política apenas se preocupam com as benesses da vida
pública. Para estes sem-vergonhas, tudo isso faz parte da liturgia do
cargo.
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Ocorre também que os partidos só indicam os
políticos de carreira. Os cidadãos que não fazem parte do esquema não
tem a mínima possibilidade de disputar um cargo eletivo. Embora possuam
boas propostas, acabam sendo “fritados” pelos maiorais. Política deveria
ser a arte de promover o bem estar para toda a população e não apenas o
bem estar de alguns políticos e seus asseclas. É preciso encarar a
política como devoção e não como profissão.
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O
técnico em administração Douglas Dagoberto é candidato a vereador.
Servidor efetivo da Câmara Municipal, nesta instituição exerceu cargo de
Diretor Geral, Chefia de Gabinete e Diretor da Comissão de Licitação.
Também trabalhou como diretor de patrimônio da Prefeitura Municipal.
Hoje está buscando espaço num campo difícil de se fazer balanços: a alma
do eleitor. Para isto, trabalha com a maior transparência possível.
Político do diálogo, procura manter-se distante das intrigas que
costumam aquecer a estação das eleições. Mas nem por isso se descuida
dos eventuais percalços que ocorrem no campo de batalha da política. Com
bom trânsito em quase todos os segmentos da população e todos os órgãos
municipais, espera agora pela odisséia da campanha aberta, aquele
momento em que os confrontos de idéias e os ataques pessoais costumam
surpreender. Tem mérito.
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Li numa revista de ciências,
matéria que aponta que indivíduo repleto de músculos pode até possuir
mais força física, mas não vá pensando que possui mais saúde que os
seres humanos normais. Pelo contrário,tem menos saúde e viverá menos que
as pessoas normais. Segundo a matéria, a razão disso está na sobrecarga
do coração do atleta para alimentar o excesso de todo o tecido que foi
criado. O ser humano foi feito para ter músculos normais. A natureza
jamais o faria hipertrofiado. Não faria, porque se o fizesse, iria
contrariar a si mesma, isto é, a perpetuação da espécie.
Coluna Almanaque - POLÍTICA, A FOGUEIRA DAS VAIDADES
Por Fábio Marques
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agosto 10, 2016
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