Por Fábio Marques
Nesta época do ano em que mais se
faz sentir o calor dos trópicos na nossa Amazônia, por incrível que
pareça também começam a pipocar de maneira mais intensa e de forma
aleatória as queimadas em terras rurais e lotes urbanos que mesmo sem
licença ambiental continuam a atentar contra a Lei. Felizmente estes
focos de queimadas que destroem as florestas e a biodiversidade não é
arrumação de nenhum de nós, cidadãos conscientes, e sim de fazendeiros
gananciosos e proprietários ignorantes
que aproveitam esta época para tocar fogo em pastos e terrenos baldios
com o objetivo de limpar a área. O número de queimadas aumentou de forma
considerável em relação ao ano passado. A cada ano que passa está
ficando cada vez mais difícil respirar.
Hoje há incêndios
nas matas e estes incêndios avançam sobre as florestas e a fumaça e a
fuligem que são levadas pelo vento acabam chegando às cidades. Fazer
queimadas para manejar pastos ou lavoura ou mesmo para limpar terrenos é
crime previsto em lei e o valor da multa é de R$ 1.000,00 por hectare, o
que ainda é muito pouco em vistas do prejuízo causado à população. Não
bastasse o calor dos infernos desta época do ano, os efeitos dos
fenômenos naturais se acentuam com os atos de insensatez e ignorância
desses energúmenos discípulos de Nero e tem causado problemas de saúde
para muita gente.
No Hospital Regional não cessam as filas
para atendimento de inalação. Haja oxigênio! Segundo Ademar Melo,
servidor deste complexo médico, o fluxo de pacientes triplicou nos
últimos meses. Problemas de garganta que arde, ardência nos olhos, dores
de cabeça, pressão arterial nas alturas, coriza, tosse seca constante e
o cansaço físico que começa já ao acordar tem sido a tônica das queixas
destes pacientes que tem sofrido com a baixa umidade do ar. Esta baixa
umidade resseca as vias respiratórias, o que aumenta a incidência de
casos no hospital. “Com este tempo seco parece que você vai desmaiar a
cada duas quadras que você tem que andar”, reclamou-me uma colega de
trabalho na sexta-feira.
Nesta época do ano, apesar das
pessoas tomarem água direto, alguns sintomas como a sensação de secura
parece não ter fim. Afora a dor de cabeça e a falta de ar, às vezes
também costuma dar tonteira e a pessoa fica mais sonolenta ou vai
ficando rouca. A sensação de moleza não tem remédio. Para as pessoas que
possuem Ar condicionado, a principal reclamação é a da “noite pequena”,
uma vez que o cansaço é tamanho que só dá ânimo de “meter um banho” e
ir pra cama, às vezes sem nem assistir televisão. Por outro lado, quem
não possui o aparelho, vive noites de tortura e agonia por causa do
calor. Não tem ventilador que dê jeito. Algumas pessoas estão dormindo
com a janela do quarto aberta.
Tudo isso ocorre em grande
parte por causa da estupidez de alguns imbecis sem escrúpulos e quem
acaba pagando o pato somos todos nós.
Coluna Almanaque - SINAL DE ALERTA
Por Fábio Marques
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agosto 25, 2016
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