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Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
Negócio seguinte: devido à problemas de foro íntimo, estou parando de escrever para me dedicar em tempo integral ás questões de fórum público, citação judicial, resposta do réu, processo nas costas e o escambau. Escrevi artigos para jornais e sites da cidade por mais de quinze anos. Acho que hoje posso afirmar que sou jornalista. Trabalhei como assessor de imprensa e relações-públicas da Câmara Municipal e já reportei matérias diversas tanto para as rádios da cidade como para sites da capital. O que ganhava com este serviço não chegava a dar suficiente para as despesas da minha humilde choupana, mas com o jeitinho brazuca de “apertar o cinturão”, de vez em quando sobrava até para celebrar com uma picanha a algumas Itaipavas.
Graças ao jornalismo conheci uma porrada de figuras que jamais iria imaginar que um dia pudesse conhecer. Já fiz matérias com o atual chefe do Governo Estadual Confúcio Moura, e entrevistas com o ex-presidente da Assembléia, Valter Araújo, com os representantes no senado pelo nosso Estado, Valdir Raupp e Acir Gurcacz e com o finado ex-deputado federal, Eduardo Valverde. Também fiz amizade com todos os âncoras de rádio-jornalismo de Guajará-Mirim, com os colegas de caneta, Minerva Soto, Aluízio da Silva e Jean Oliveira e mantenho relações cordiais com os colegas da capital, Alan Alex, Paulo Andreoli, Paulo Haires e Leivinha Oliveira.
Em minhas relações pessoais, sempre procurei ao máximo admitir a coexistência pacífica de opiniões. Ou seja, procuro não mandar para a puta que o pariu o cara que diverge de minhas opiniões. À parte esta minha modéstia, também procuro em minhas rodas conversais imprimir aqui e acolá a argumentação de aliados de filosofias de vida, cujos pontos de vistas tem tudo a ver com o minha maneira de viver. Aí tome-lhe Voltaire, Montesquieu, Proudhon, Nieztche e Thoureau, que de vez em quando também utilizo para dar subsídios aos meus artigos. Por este motivo é que prefiro conversar com pessoas inteligentes, ainda que esta inteligência seja artificial do que com imbecis, ainda que a burrice desses imbecis seja natural. É mister pôr em realce que não é de meu desejo me desentender com quem quer que seja, mas por outro lado também detesto me auto-imolar por não estar aberto ao diálogo com matutos e brucutus.
Nestes oito anos de Câmara, uma coisa que sempre me enojou foram as infinitas audiências públicas que promoveu a igreja petista no plenário da Casa. E pior é que devido à histeria da ala radical do partido, sempre aparecia gente para assistir as lengalengas. Muita conversa fiada e nada de solução. Só ficou faltando a este pessoal fazerem uma audiência sobre a importância social dos “chatos” na criação de um designer moderno para a estética dos pentelhos. É por estas e outras que estou pensando em parar de escrever e passar a fazer palestras. É claro que se me pagarem adiantado pelas palestras. Nestas palestras levarei um chicote, e quando o pessoal da esquerda xiita menos esperar e começar a embaçar fazendo perguntas imbecis, descerei a chibata nas costas destes cretinos.
Mas falando sério, estou parando. Faminto, lascado, maldito e malvisto pelos inimigos figadais da política, prefiro não combatê-los e muito menos obedecê-los. Apenas ignorá-los. Este é o meu “modus-operandi”. E foda-se o restante dos “modus-operandis”.
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