Coluna Almanaque - PELA AUTONOMIA DOS DISTRITOS

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
Na semana passada esta Coluna publicou artigo em que sugeria a criação do cargo de sub-prefeito para o distrito de Surpresa. Dizia naquele texto que o político que abraçar este projeto vai ter um papel da maior importância na conquista de condições materiais para tornar possível o arranque para o progresso naquele distrito. A principal melhoria a fazer pelo povo de Surpresa é exatamente lhe dar autonomia para conquistar pelos seus próprios desejos esta melhoria. Não há como se conformar ou silenciar ao assistir uma população honrada como a de Surpresa, mal servida ou iludida décadas a fio por jogos de palavras de políticos hipócritas.
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Ainda no meio da semana, conversei com o vereador Augustinho Figueiredo a respeito da idéia de criação desta sub-prefeitura. Todo ouvidos, o edil se encantou com o projeto e sugeriu a ampliação da proposta para englobar também o distrito do Iata. Prometeu estudar e analisar com afinco a situação para, quem sabe, adentrar a Casa de Leis com o projeto em mãos para votação.
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Segundo o Artigo 208 do Estatuto Interno da Câmara, permite-se ao cidadão comum assistir as sessões plenárias, desde que trajado de forma devida e decente. Nem todos obedecem às normativas. E às vezes quem atropela a mantenção da ordem é exatamente quem deveria dar o exemplo. É o caso de um ex-gerente da Casa que semana passada resolveu assistir a reunião de bermuda e chinelo. Mas não está de todo errado o cidadão. Já que nunca serviu de modelo para nada, que ao menos tenha utilidade como mau-exemplo.
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Um recado para um candidato ao cargo de prefeito que em qualquer lugar ou situação em que este escriba esteja, quer abordar a práxis da discussão política. Primeiro: detesto discutir política. Até porque cada qual tem sua opinião, sua tendência. Segundo: adoro sim, escrever sobre política. E a depender da situação, sei escrever a favor ou ao contrário. Quanto à esta questão, estarei passando ao candidato via telex minha tabela de preços a fim de que não perturbe mais o sagrado saco deste pobre escriba.
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Quem aparece todas as semanas na Sala de Imprensa da Câmara é o amigo Décio Marques. Nestes encontros, a gente conversa sobre assuntos diversos com respeito às opiniões contrárias. Outro dia travamos uma discussão sobre o modo correto de se beber vinhos. Segundo meu amigo, vinhos brancos acompanham pratos à base de pescados ou mariscos e vinhos tintos acompanham pratos à base de carne vermelha. Pura convenção. De fato, pelos tratados sobre o assunto, a normativa está conforme a opinião do nobre colega. Por outro lado, nem este escriba e nem o nobre colega tivemos participação na assinatura destes tratados e nem todo tratado foi feito para ser cumprido. Na gastronomia, assim como na cama, não existem coisas certas ou erradas. Existe apenas a sua escolha. A escolha que lhe dá prazer. O vinho, desde tempos antigos está associado à idéia de festa e liberdade. Portanto, é uma injustiça acorrentá-lo aos dogmas de um manual de instruções. O vinho é para ser bebido como quiser, quando quiser, com quem e onde você bem entender. A vida é curta demais para a gente se privar de qualquer tipo de prazer. Do vinho ou da carne.
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