Motoristas passam ao lado de cratera todo dia
Após quase dois meses do
desmoronamento da rodovia, a BR Engenheiro Isaac Bennesby continua com uma
cratera aberta e colocando em risco a vida dos condutores de veículos que
passam pelo trecho situado no Distrito de Araras, na zona rural de Nova Mamoré
(RO), a 300 quilômetros de Porto Velho. Devido às fortes chuvas nas últimas
semanas, o problema se agravou e o buraco aumentou, deixando apenas metade da
rodovia liberada para o tráfego.
Segundo o coordenador de
engenharia do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit),
André Carvalho, o trecho vai começar a receber um reparo definitivo ainda nesta
semana, através de uma medida emergencial que irá custar aproximadamente R$ 1
milhão, com previsão de conclusão para 45 dias.
“Foram tomadas medidas
emergenciais, que devem iniciar em um ou dois dias. A previsão de cronograma da
obra é até 45 dias, mesmo com a época de chuva. A empresa que ganhou a cotação
de preços dentre as disponíveis na região foi a Rondônia Trasnportes, que já
está mobilizada nas proximidades”, declarou.
Sobre o tráfego na rodovia, André
explicou também que, durante a obra definitiva, apenas metade da pista estará
disponível para os condutores, fazendo assim que o tráfego de veículos não seja
interrompido na região.
Quando a parte afetada for
totalmente recuperada, a outra metade da pista também vai receber manutenção e
a parte recuperada anteriormente será liberada.
“A interdição será parcial, com
tráfego em meia pista. Assim que a empresa responsável pela manutenção entrar,
provavelmente vai rebaixar a altura do aterro para amenizar os riscos. Só
estamos dependendo de formalizar o contrato para que o serviço seja iniciado”.
Cratera se formou há dois meses
Cratera aberta
Quando a cratera abriu, a empresa
que cuida da manutenção da rodovia informou à equipe de reportagem da Rede
Amazônica que o bueiro que se rompeu, causando a erosão.
Obra paliativa
No final do mês de novembro, a
empresa responsável pela manutenção da BR iniciou um trabalho paliativo para
amenizar e conter o avanço da erosão até que uma obra definitiva fosse
realizada, mas no início desta semana o reparo cedeu e a cratera ficou ainda
maior do que estava antes, aumentando o risco de acidentes com os veículos,
principalmente os de grande porte.
Reclamação dos condutores
Os motoristas de táxis, ônibus e
os caminhoneiros que precisam passar pelo trecho afetado dizem que a sensação
de insegurança é grande, mas que precisam correr o risco porque dependem das
viagens para ganhar o pão de cada dia.
O taxista João Menezes, que
trabalha levando passageiros para a capital e vice-versa, declarou em
entrevista ao G1 que os condutores estão de mãos atadas, porque o perigo de
acidentes é iminente, porém não há como para de trabalhar porque o sustento de
sua família depende disso.
“Complicado. É uma travessia de
risco, tenho medo sim. Nós, que somos taxistas temos que tomar cuidado com a
vida dos passageiros e evitar os riscos, mas naquele trecho realmente a
situação está feia”, desabafa o motorista.
Já o caminhoneiro Ernesto Paez,
que mora em São José dos Campos (SP) e pegou um frete para Guajará-Mirim (RO),
diz que ficou bastante receoso de passar do lado da cratera na noite da última
segunda-feira (8).
“Não conheço bem a região. Quando
passei por aquele local tive apreensão. Passei com muito cuidado para evitar
uma tragédia. As autoridades precisam tomar uma providência”, relata o viajante
de 48 anos.
O taxista João Menezes, que
trabalha levando passageiros para a capital e vice-versa, declarou em
entrevista ao G1 que os condutores estão de mãos atadas, porque o perigo de
acidentes é iminente, porém não há como para de trabalhar porque o sustento de
sua família depende disso.
“Complicado. É uma travessia de
risco, tenho medo sim. Nós, que somos taxistas temos que tomar cuidado com a
vida dos passageiros e evitar os riscos, mas naquele trecho realmente a
situação está feia”, desabafa o motorista.
Já o caminhoneiro Ernesto Paez,
que mora em São José dos Campos (SP) e pegou um frete para Guajará-Mirim (RO),
diz que ficou bastante receoso de passar do lado da cratera na noite da última
segunda-feira (8).
“Não conheço bem a região. Quando
passei por aquele local tive apreensão. Passei com muito cuidado para evitar
uma tragédia. As autoridades precisam tomar uma providência”, relata o viajante
de 48 anos.
Fonte: G1