Coluna Almanaque: A REVOLTA DOS EXCLUÍDOS

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
Por não compactuar com as atitudes do prefeito Cícero Alves a frente do Poder Executivo, um conjunto de atores sociais promoveu na última terça feira um levante popular contrário a tudo o que ocorre de errado na coisa pública. Formado em sua maioria por antigos aliados que hoje tem vergonha de terem votado no prefeito, o ato de protesto ocorreu sem baderna ou algazarra e com as pessoas que tomaram parte apenas querendo fazer cobranças para o prefeito frente a frente.
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Sob a proteção de um pelotão de choque da Polícia Militar equipado à maneira dos robocopes, que bloqueava as entradas do Palácio Pérola, como se dentre os partícipes da insurreição tivessem os piores marginais prontos para perpetrar sua degola, o prefeito se entocou em seu castelo de areia. Trêmulo e acuado, foi preciso que o presidente da Câmara intervisse para que criasse coragem para encarar os fatos e se abrisse para o diálogo. Com a garantia de Sérgio Bouez de que nada iria lhe acontecer em relação à insultos e agressões, o prefeito refletiu e aceitou encontrar-se com os manifestantes.
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Na reunião entre prefeito, líderes do movimento, Câmara e imprensa, ocorrida na sala do alcaide, muita roupa suja acabou lavada em público. “O prefeito tem que escutar mais e falar menos”, “As estradas vicinais estão ao abandono. O prefeito tem que colocar o pé na estrada”, “É preciso valorizar as pessoas da cidade em cargos de confiança”, “Os trabalhos de limpeza da cidade não passam de serviços de porco”, “A cidade está sem iluminação e a violência campeia”, “São diárias e mais diárias gastas com o dinheiro da população para não trazer nada de retorno”, “O prefeito não tem equipe de trabalho à altura dos cargos”, “A cidade não tem prefeito”. Esta era a tônica. Na ocasião, um pacote de demandas, propostas e sugestões foi entregue ao prefeito de Guajará-Mirim que se propôs a avaliar com toda a atenção possível.
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Também não faltaram nesta audiência discursos vazios e saídas pela tangente por parte do manda-chuva do Poder Executivo. O problema é que hoje todo o seu bla-bla-blá se dissipa diante daquilo que está patente aos olhos da população, daquilo que todo mundo vê e enxerga a cada sensação de abandono pela qual vai passando a cidade. É preciso parar de estar culpando o passado pelos fracassos do presente.
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Mas nem todo caos será eterno. Por mais crônica que esteja a situação e por melhoras vigas que sustentem qualquer caráter, para se fazer um bom trabalho é preciso absorver e creditar os méritos de outros nomes. É preciso que se ressalte na Coluna de hoje a diplomacia do presidente da Câmara e sua atuação como “public-relation” na condução deste quiproquó. Sérgio Bouez fez entender a todos que a relação entre Câmara e prefeitura é de caráter puramente institucional. O presidente do Legislativo fez questão de colocar em realce que a Câmara vai estar à disposição tanto da prefeitura naquilo que for preciso para melhorar a cidade, assim como da população, no intuito de escutar as demandas e exigir as medidas cabíveis por parte do Poder Executivo.
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