Alunos do Campus Guajará-Mirim desenvolvem o projeto “Vidas Cruzadas” na semana da Consciência Negra

O projeto consistiu na fixação de 600 cruzes brancas no canteiro central da Rodovia BR- 425, de frente à faixada do Campus Guajará-Mirim.
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O Mamoré
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A Coordenação de Assistência ao Educando (CAED) em parceria com o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) desenvolveram várias ações durante a semana da Consciência Negra no IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia), Campus Guajará-Mirim. O projeto ocorreu entre os dias 16 e 25 de novembro.
Entre as atividades foi realizada a “Vidas Cruzadas”, coordenada pelo professor Douglas Piffer, com o apoio dos alunos do primeiro período do Curso Técnico em Vigilância em Saúde. O projeto consistiu na fixação de 600 cruzes brancas no canteiro central da Rodovia BR- 425, de frente à faixada do Campus Guajará-Mirim. Entre as cruzes foram colocadas faixas contendo os dados estatísticos sobre a violência contra a população negra no Brasil, buscando através do impacto gerado pela visualização das cruzes atrair a atenção à problemática. O público a ser alcançado era o de condutores e pedestres que circulam pela Rodovia BR-425 (Avenida Quinze de Novembro), principal via de acesso à cidade de Guajará-Mirim.
As ações divulgam as realizações do campus, além de trazer para a comunidade a reflexão sobre o tema abordado. “A violência é também um problema de saúde pública. E a violência contra pessoas negras possui expressividade epidemiológica, dado que a Vigilância Epidemiológica é partícipe constituinte e de grande relevância no processo de formação do Técnico de Vigilância em Saúde. Nosso curso não poderia se omitir em participar da Semana da Consciência Negra promovida pelo Campus Guajará-Mirim do Instituto Federal de Rondônia”, explica Douglas Piffer.
Douglas é também Coordenador do Curso de Vigilância e acrescenta que o impacto visual foi o “mote para discussão das diferenças étnicas e raciais no tocante às mazelas sociais, que nada mais são do que reflexos do processo de construção histórica da sociedade brasileira. E, por conseguinte, facultar a conscientização popular, bem como paralelamente a aproximação de nossos alunos para com os conteúdos transversais da formação de, além de profissionais, cidadãos engajados na transformação e desenvolvimento de uma sociedade mais justa, segura e promissora”. 
O projeto geral da Semana da Consciência Negra está sob responsabilidade de Laurindo Joaquim dos Santos  Neto (CAED) e Carlos André (NEABI). “É importante mostrarmos para a sociedade que nós como campus nos interessamos pelo tema e tentamos fazer nossa parte por debater o assunto dentro da instituição e estender as discussões para fora dos muros da escola”, disse Laurindo.
A aluna Eva Gomes Gusmão, do Técnico em Vigilância em Saúde, comentando sobre a forma como projeto contribuiu para o seu desenvolvimento pessoal e social, disse: “as informações me ajudarão a perceber futuramente que toda luta e formas de conscientização em relação ao preconceito valeram a pena, que o objetivo buscado foi alcançado, que de alguma forma pude contribuir com esse processo de conscientização e que por meio dessa luta constante viveremos em uma sociedade na qual a cor da pele já não vai mais ser motivo de descriminação. E, além disso, as informações me levarão a refletir e a discutir sobre o assunto com precisão”.
“Considerando a visibilidade da atividade, o professor Carlos André junto com as alunas Raquel da Costa Vale e Eva Gomes Gusmão explicaram o objetivo do projeto na Rádio Rondônia FM local. E a aluna Raquel da Costa Vale e Eliziane Oro Nao apresentaram a atividade na festa cultural ‘Somos Negros’, da Paróquia Nossa Senhora de Aparecida”, finaliza Laurindo Neto. 



Fonte: Assessoria
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