Coluna Almanaque: UMA QUESTÃO SOCIAL

Por Fábio Marques
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Por Fábio Marques
Nesta semana, o presidente da Câmara, advogado Sérgio Bouez, recebeu denúncias de freteiros e donos de canoas tipo “rabeta”, dando conta de que no porto de atraque que utilizam para fazerem suas operações de embarque e descargas, se construía uma muralha com a nítida intenção de bloquear o acesso ao local. Como político que está agindo sempre em prol dos direitos dos cidadãos e da justiça social, a fim de se inteirar da situação, o presidente da Casa de Leis fez um périplo entre prefeitura e Polícia Federal e conversou com agentes públicos envoltos ou citados no caso.
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Já na sexta-feira, Sérgio Bouez agendou uma reunião com prefeito, freteiros e donos de canoas. Marcada para iniciar às 10 horas da manhã, até às 11 e trinta, cerca de 60 pessoas aguardavam do lado de fora do gabinete da gerência do Palácio Pérola sem conseguir adentrar. Discursos raivosos e palavras de ordem fizeram parte do cenário na ocasião. Um forte esquema policial achava-se no local. Cumprindo a praxe e a palavra, o presidente da Câmara chegou no horário e foi saudado com aplausos e apertos de mãos por estes atores sociais antes de percorrer o corredor até a sala do prefeito.
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Com a chegada de sócios da empresa Aquavia, apontada pelos freteiros e barqueiros como fiadora da construção, Bouez fez adentrar o presidente do Bairro Triângulo, onde se localiza o porto e um representante dos chamados ribeirinhos. Sabe-se lá porquê, o prefeito não participou das conversas, ficando numa sala contígua ao gabinete tratando de outros assuntos.
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Sobre a acusação de que a empresa fluvial seria a responsável pela obra, seus societários tanto negaram como não souberam dizer quem estaria por detrás. Chegaram a ventilar que a construção seria da prefeitura bancada por empresa privada. Depois falaram que a construção seria uma prescrição da Agência Nacional de Transportes aquaviários (ANTAQ). Na ocasião os sócios do consórcio fluvial também puseram em enfoque a questão da segurança nacional para a construção da barreira.
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Desde priscas épocas que os tratados de amizade e cooperação entre Brasil e Bolívia se inspiram pelo princípio de realçar as relações amistosas entre as regiões de fronteira. Estes convênios sempre tiveram como objetivo facilitar a consecução de comuns intenções visando dar ampla liberdade de trânsito terrestre e fluvial para ambos os países. A obstrução imposta sabe-se lá por quem, além de impedir o transporte de produtos comerciais do Brasil para a Bolívia e vice-versa, coloca pais e mães de família na ladeira abaixo do flagelo social.
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É preciso incrementar o comércio bilateral e promover acordos com fins de fornecer produtos agrícolas, pecuários e industriais que atendam ambos os mercados, assim como reduzir ao máximo os trâmites impostos pela burocracia no que se refere ao comércio de varejo que se efetuam nas fronteiras.
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Quanto á questão da segurança e tráfico de narcóticos, é ofício das polícias proteger, resguardar o sossego dos cidadãos e patrulhar não só a área portuária, mas toda a cidade 24 horas.
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Por ser a favor da geração de renda e emprego para o município, por entender que tal construção encontra-se fora da lógica das leis e também por ser contrária às coisas ilegais, a Câmara embargou a construção da parede até que responsáveis protocolem a regulação da obra através de projeto e licença pública.
* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.

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