O mundo mira as telas de computadores, vendo sucessivos
telejornais e boletins sobre o Covid-19, mas o governo do Estado, por meio da
Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), não descuida de outras
endemias, e intensifica as ações de combate ao anofelino, mosquito transmissor
da malária, principalmente nos municípios onde apresentaram um aumento no
número de casos este ano.
Em Mirante da Serra, a 389 quilômetros de Porto Velho, por exemplo, técnicos da Agevisa realizam o
bloqueio na zona rural da cidade. Uma medida necessária para o controle do
vetor da doença.
O coordenador estadual de Vigilância e Controle da Malária,
Valdir França, aponta números em declínio desde 2012, mas alerta para o ataque
do anofelino na zona rural e em algumas terras indígenas.
Em 2012 Rondônia teve 23.195 casos notificados, e em 2019
eles diminuíram para 9.419. Mas a curva da doença oferece mais leituras,
notadamente, a de causos autócnes, ou seja, aqueles contraídos pelo enfermo na
zona de sua residência. Nos garimpos a doença diminuiu 58,2%: em 2018: 292
casos, em 2019, 122.
Mesmo com o vigoramento do decreto da quarentena no Estado,
devido à pandemia mundial do novo coronavírus, França recebeu apoio da diretora
da Agevisa, Ana Flora Gehardt, e do gerente técnico de Vigilância em Saúde
Ambiental, Cesarino Júnior Lima Aprígio, para prosseguir ações de bloqueio nos
municípios mais infectados.
Por determinação da Agevisa, essas ações devem acontecer
quando o município não tem condições de eliminar surtos de doenças. Na última
terça-feira (31) ele se encontra em Mirante da Serra.
Desde a descentralização decretada pelo governo federal, a
responsabilidade no cuidado com endemias passou a ser também dos municípios. Na
prática, lembra o coordenador Valdir França, equipamentos e pessoal são os
itens mais essenciais para o êxito do controle de focos do mosquito.
“Antes não havia barreiras”, ele desabafou. “Dependemos
também de um trabalho sólido de gestores municipais”, sugeriu.
“Com os esforços da equipe e se contarmos com maior empenho
dos municípios, manteremos as estratégias de vigilância, inclusive, capacitando
o pessoal local”, ele Valdir França.
França lembra que a Portaria nº 1.172/2011 tratou das
competências da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, na área de
Vigilância em Saúde.
“Com tudo isso e mesmo com deficiências de alguns
municípios, o Ministério da Saúde vem atendendo Rondônia muito bem, repassando
insumos (inseticida) e recursos para a compra de outros materiais”, ressaltou.
O coordenador se refere à Portaria nº 2.565/2016, do MS,
autoriza esses repasses específicos para o combate e controle da malária no
âmbito dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima,
Tocantins e dos Municípios de Aripuanã (MT), Colniza (MT), Juína (MT), Nova
Bandeirantes (MT) e Rondolândia (MT).
O montante de R$ 1,07 milhão, por exemplo, possibilitou a
aquisição de duas camionetes Hilux para Porto Velho e Candeias do Jamari, e 23
microscópios distribuídos na Capital e no Interior; quatro barcos-lancha com
motor 90HP e 165 pulverizadores Guarani.
Conselho de Secretários Municipais de Saúde, gestores, e
Comissão Intergestora Bipartite de formalizaram um pacto para a destinação dos
recursos e de sobras. Uma delas, R$ 211 mil, será investida na compra de sete
barcos 30HP.
FUMACÊ E MOSQUITEIROS
A Coordenação Estadual de Controle da Malária borrifa , casas e ambientes, faz a termonebulizacão
(com fumacê), e instala mosquiteiros impregnados em áreas de surtos epidêmicos,
o que ocorreu recentemente em Candeias do Jamari, a 18 quilômetros da Capital,
e Pimenteiras do Oeste, a 730 Km.
No ano passado, a Coordenação promoveu ações complementares
em áreas indígenas dos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, na faixa de
fronteira Brasil-Bolívia.
Fonte; Secom - Gov/RO
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