Coluna Almanaque: UMA HISTÓRIA DE AMOR, PAIXÃO E TRAGÉDIA...

Por Fábio Marques
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Por Fábio Marques

O gigolô tinha somente um objetivo na vida: o dinheiro. E por dinheiro este filho-da-puta era capaz de tudo. Ao aportar na aldeia onde morava o poeta, em pouco tempo estava casado com uma socialite local que estava para encalhar. Uma vez incrustado na dinastia da socialite, por meio de cálculos contábeis malfeitos nas empresas da família, roubava todos sem dó nem piedade.
Nunca na história da aldeia se juntaram tantos ladrões, traficantes e patifes de todos os gêneros. Naquele tempo toda festa armada por algumas célebres famílias, só haveria motivo de existir se tivesse desfile de donzelas e beldades de lingerie, uísque e pó a vontade. Foi numa destas festas que o gigolô conheceu Soraya Duvalier.
Como a maioria dos seres humanos, o gigolô também era chegado às coisas boas que a vida oferece tais como comidas, bebidas, automóveis, viagens e mulheres. Como a maioria dos seres humanos, jamais procurou combinar estes prazeres mundanos com as qualidades do amor ao próximo e da paz entre seus iguais, os quais achava tão desiguais. O fato é que o gigolô e Lady Duvalier acabaram ficando amantes.
Numa vida cotidiana fudida em que o salário é incapaz de sustentar um cachorro de madame, em que os pobres são tratados como cachorros, em que a maioria dos cidadãos são educados para a prática da violência, o poeta ainda sonhava com uma paz reinante entre os seres humanos. Numa manhã de outubro de 1988, o poeta conheceu Soraya Duvalier e se apaixonou. E, ao contrário do gigolô que só visava os prazeres corporais, o poeta a amava de verdade.
Em pouco tempo dividiam as mesmas toalhas e as escovas de dentes. Contrário ao contrato social, o poeta tinha lá seus defeitos. Mas apesar dos defeitos, era um ótimo ser humano, honesto aos seus princípios, aos seus amigos e até achado por algumas amigas como um cara atraente.
Ocorre que numa radiante manhã de 2008, o poeta acordou com uma espécie de neurose a lhe inculcar. Estava comendo a mulher mais bonita da cidade e não conseguia acreditar. Vanessa Casanova, empresária do ramo de confecções e o poeta, ambos casados, estavam quase a tempo de matarem ou morrerem por paixão e desejo. Foi preciso que o destino intervisse para por um fim naquela loucura. Vanessa mudou de cidade e o poeta foi obrigado a amargar seu infortúnio em carradas de cervejas.
Passado o temporal inicial veio a calmaria e, em seguida, o dilúvio. Por influência de uma amiga, Lady Duvalier descobriu a Internet. E não demorou muito para reencontrar o antigo amante. E foi neste enredo de revival que marcaram de se encontrar em são Paulo onde treparam adoidado em tudo quanto é posição que sugerem os manuais do gênero. Hoje em dia continuam trocando juras de amor através da rede digital.
Quanto ao poeta, caído em desgraça, está vivendo hoje da ajuda de amigos e bebendo suas cachaças no mercado público à custa da boa vontade alheia.
*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.


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