Coluna Almanaque: CONFESSO QUE BEBI

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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 Por Fábio Marques

Não existe melhor maneira de começar uma coluna rebatendo com fúria e violência a idiotice e a ignorância de um boquirroto da imprensa do Estado que tem buscado deturpar fatos através de lógicas ilógicas e desqualificar pessoas através de rótulos e ultrajes com o nefasto objetivo de achacar dinheiro dos poderes públicos. Pela sentença deste oligofrênico, pessoas que são chegadas numa cerveja não merecem crédito pelo que dizem ou pelo que escrevem. Ao nobre jornalista, com a permissa vênia, a minha defesa.
A gente que escreve bebe sim. Original, Bohemia, Brahma Chope, Skol Puro Malte, Devassa. Quando falta grana a gente bebe cachaça, Meia Um, Velho Barreiro, Caninha da Roça... Seja que nome for. A gente bebe para esquecer, para relembrar, para esfriar, para esquentar, para celebrar. A gente bebe também porque tá puto da vida, porque tá alegre, porque tá triste. A gente bebe por estar amando, por estar gamado, por ter sido largado. Bebemos porque apesar de todos os problemas, toda a roubalheira, todos os desmandos do governo estadual e federal, toda a miséria, toda a violência, toda a corrupção ainda somos um dos povos mais felizes da Terra. Este é o nosso moto-perpétuo.
E nem adianta vim me dizer que a cachaça mata. Ora! Sem limites, arroz, feijão, ovos e carnes variadas também acabam matando. O que devemos condenar é o excesso. Mas para a defesa da cachaça permita-me te repassar este brilhante texto do escritor Rubem Braga: “Sim, a cachaça faz mal e quanto mais, pior. Mas foi com a cachaça que o brasileiro pobre enfrentou os pântanos e as florestas, varou este mundo de águas e terras, construiu esta confusão meio dolorosa, às vezes pitoresca chamada Brasil. É com esta cachaça que ele, através dos tempos vela seus mortos, esquece a dureza do patrão e a falsidade da mulher. Ela faz parte do sistema de sonho e de vida; é como o sangue da terra que ele coloca no seu sangue”.
Também não poderia faltar aqui meu caro jornalista, a sociologia da cachaça. Os abonados de dinheiro ou de saber intelectual recebem a qualificação de etílicos, enquanto os viciados de condição humilde são apontados como “pés-inchados”. Ainda assim os “pés-inchados” acabam gozando de simpatia, de maior estima ou de maior virtude do que os pederastas que não assumem seus homo hábitos.
Termino dizendo que já que não temos o direito de comer, deixe-nos pelo menos o direito de beber. E até logo e passe bem que estou indo ali no Bon Vivant tomar uma “providência”.
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Às vezes, de ressaca, gosto de uma cerveja mais encorpada. A Bohemia e a Budweiser são uma boa pedida. Em outras ocasiões, ciente dos meus compromissos no dia seguinte, prefiro matar a sede de bermuda, de chinelos, sem camisa, lendo um ótimo livro na quitinete, ouvindo um jazz e tomando apenas uma caixinha de cerveja em lata. Tem uma no mercado chamada Black Princess, que é uma tentação. Macia, delícia, tesão de gostosa... Huuum... Estou quase gozando!

*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.
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