Coluna Almanaque: A CIDADE E A CONSCIÊNCIA CIDADÃ

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 Por Fábio Marques

A história do progresso humano em qualquer época e espaço social sempre se embasou no respeito aos preceitos legais. Produto do contexto social, o cidadão comum também é responsável pelas condições de vida da cidade em que reside. Não existe cidade aonde não existem cidadãos. A cidade não é apenas um amontoado de casas, avenidas e pessoas. A cidade também é escolha, destino, espírito e consciência. A responsabilidade pelo progresso e bem estar da cidade não depende apenas dos governos, mas sim, e em especial, do povo que a habita.
Estamos em ano de eleição. Qualquer eleição é tida para uma parcela da população como o momento propício para descolar uns trocados. É a época em que o voto do cidadão se transforma em moeda de troca. Aí está valendo um milheiro de tijolos, uma cesta básica, duzentas pratas para o batizado da criança e até um engradado de cerveja para o pagode do fim de semana. Ah, o senhor é candidato? E quanto poderás pagar pelo meu voto? Infelizmente a coisa funciona assim. O próprio eleitor como primeiro agente corruptor.
Pessoas sem consciência são seres viventes sem alma na criação, seres humanos rústicos e ignorantes. Para que se vislumbre mudanças políticas, primeiro se faz necessário que ocorram mudanças culturais. Mas isto é impossível numa sociedade cujos valores morais não costumam obedecer às normativas que regulam a bússola da justiça que equilibra a formação das consciências.
Estamos aqui falando do cidadão que exige a passagem do caminhão que recolhe o lixo de suas casas, mas ao mesmo tempo é incapaz de fazer a limpeza de suas calçadas. Estamos falando daqueles que reclamam de lixeiras públicas expostas, ao mesmo tempo em que também contribuem para a gradação do problema ao jogarem entulhos de seus quintais nas avenidas. Estamos falando daqueles que exigem o retorno dos impostos pagos, ao mesmo tempo em que seus encargos estão inadimplentes com a coisa pública.
Coloquem também na prancheta aqueles que depredam o bem público, aqueles que faltam com a educação e cortesia para com os outros e aqueles que faltam com o respeito ás opiniões contrárias. Estes são os “cidadãos” que se dizem cidadãos. Aqueles que adoram transgredir normativas através do chamado “jeitinho” com o objetivo de levar alguma vantagem que nada mais é do que uma prática de atitudes imorais.
São estes cidadãos que se arrogam o direito de violar os conceitos sociais que acabam frustrando a saudável educação cívica e mutilam a dignidade levando à falência a ética e a moral, além de deformar toda uma sociedade voltada para as melhores intenções.
Direitos existem desde que todas as partes se comprometam a respeitar todas as etiquetas de condutas e funcionam como um vínculo em que todos reforçam tanto as vontades do Estado como as vontades do cidadão. E é neste trânsito entre direitos e obrigações que se trafega o respeito à coisa pública e aos bons costumes que objetivam maiores motivos para a construção da consciência cidadã.
*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.







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