Uma cobra, com pele predominantemente branca, surucucu (Lachesis muta) foi encontrada morta em Guajará-Mirim (RO). A espécie é considerada extremamente rara por especialistas.
Através de
um vídeo publicado nas redes sociais, que já conta com mais de 6 mil
visualizações, é possível ver o animal com diversos machucados pelo corpo
indicando que o animal foi atropelado.
O
herpetólogo, biólogo especialista em cobras, Adriano Martins, contou que a
coloração do olho da cobra é a principal característica para definir se o
réptil é albino.
A maioria
das cobras albinas tem em comum a cor dos olhos, eles são vermelhos, uma vez
que não há pigmentação suficiente para ter olhos de outras cores.
Sem
conseguir definir se a cobra encontrada tem ou não os olhos vermelhos, o
biólogo explica que além do albinismo, existem outras condições que tiram a
pigmentação da pele dos animais, entre eles, o leucismo.
Segundo o
biólogo para diferenciar visualmente as duas condições, é necessário observar o
olho da espécie. Nos animais com leucismo, os olhos têm a coloração normal,
enquanto os albinos têm olhos rosados ou vermelhos. Mesmo nessa situação,
Adriano destaca que o encontro com esse animal é raro.
“É mais raro
um encontro com ela do que com uma onça. O olho avermelhado é o que define se a
cobra é albina ou não, mas não tira a raridade do encontro. Ela pode ter
leucismo, que é a falta parcial do pigmento e pode ser confundido com
albinismo”, explicou.
Adriano
Martins que a cobra não conseguiria se salvar
mesmo tivesse recebido o atendimento adequado, não teria como o animal
sobreviver.
“Provavelmente
tenha sofrido severas lesões internas e na coluna, além de possivelmente ter
alguns órgãos perfurados”, destacou o especialista.