Coluna Almanaque - REPOUSO E MULTIGRIPE

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
Esta semana este que vos escreve foi atacado por esta virose que está surtando na cidade. foram três dias acamado. Logo no início suspeitei de dengue. Após ter passado toda a noite de domingo gemendo de dores, me dirigi ao Hospital Regional na segunda-feira pela manhã.
Como neste fatídico dia só havia um médico de plantão, este baixara um decreto em que taxava que só atendia casos de urgência e emergência (gente esfaqueada, acidentes de trânsito, infartos, derrames). Perguntei então aos agentes da portaria como é que ficava a minha situação. A receita médica informal que me passaram estes “doutores” de ocasião, foi que voltasse para casa, fizesse bastante repouso e me enchesse de chá-mate e Multigripe.
Meus amigos, juro que apanhei muito. Esta virose me castigou, me maltratou, acabou comigo, me deixou caidaço. Os sintomas desta moléstia são por demais desconfortáveis. A gente sente dor no corpo inteiro, pontadas no cérebro, dores de cabeça, ardência nos olhos, tem febre, calafrios, câimbras, tosse, falta de ar, cansaço, náuseas. A sensação é horrível. E juntando com a solidão, é ainda pior. Como cantava o poeta Alceu Valença: a solidão é fera, a solidão devora... Se bem que não quis incomodar nenhum de meus amigos por causa de problemas de saúde.
Vivo depois de morto, somente hoje estou voltando ao batente. Neste ínterim conversei com algumas pessoas tanto no trabalho como no Mercado Público, local por onde transito todos os dias, sobre esta epidemia que parece assolar a cidade inteira. Dicas e macetes me foram passadas, as quais faço questão de compartir com os leitores para quem sabe tenha alguma utilidade caso venham a presenciar em seus estados físicos estes maus momentos que vivenciei.
Para idosos ou crianças, é bom muito líquido, mesmo em pequenas quantidades, de preferência sucos de frutas e verduras cruas. Nunca remédios à base de ácido acetil salicílico (Aspirina), mesmo que não seja caso de dengue, pois o doente pode passar de um quadro clínico para o outro em questão de horas. Para ardência nos olhos, fazer compressas frias com algodão de chá preto. Sopas com legumes, verduras e carne para alimentar a pessoa. Para febre alta, além da medicação passada pelo médico, suco de pêssego também ajuda a baixar a febre. Há pessoas que receitam uma batida de cachaça, limão e alho. Outras, caipirinha ou caipivodka. Não é fato provado a eficácia destes aviamentos, mas dizem que também funciona.
O doente infectado pela virose se deprime sente-se mal por estar na cama. Então os que o cercam devem compreender e fazer-lhe companhia. Contar uma piada se o enfermo quiser. Manter o ambiente com luz branda, perguntar se quer uma música de fundo suave. Existem músicas para relaxar e instrumental, mas o doente deve ser ouvido em sua preferência. Ler um bom livro também ajuda a relaxar e esquecer um pouco a agonia de estar naquela situação.
Espero que isto ajude aqueles que estão com os sintomas. Se gostaram das dicas, procurem repassá-las para diante aos amigos e parentes. Saúde!
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