Por Fábio Marques
Muito se tem falado na cidade acerca do fato do prefeito eleito aparecer
em tudo quanto é reunião política ou evento social sempre na companhia
de guarda-costas. Guajará-Mirim, por acaso é uma cidade sem lei? Estamos
vivendo em um estado policial? Voltamos aos tempos dos coronéis de
cabresto em que se achava mais do que natural capangas e jagunços
andarem armados ao lado de prefeitos e mandantes do pedaço? O biótipo
repleto de vaidade egóica e “salto alto” acoplado à imagem e postura do
prefeito eleito já motiva conversas nas reuniões de botecos e tabernas
sobre sua tendência de querer parecer ser um semideus. Estes tipos de
posições e condutas parecem também cegá-lo para a tomada de consciência
de que é apenas um simplório mortal vagando errante por um pequeno
planeta na vastidão do cosmos em direção ao silêncio sepulcral de um
mausoléu tumular.
Mas, se isto satisfaz seus desejos e precisões de autopromoção...
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Em tom de revolta um colega de boteco deste escriba pragueja em alto e
bom som: - Com a eleição deste cidadão, desejo de coração que a cidade
se afunde cada vez mais no poço da miséria. Quem sabe assim o povaréu
não pensante afunde junto com sua ignorância ou então aprenda com esta
porrada a votar com consciência em pessoas capazes.
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Por ser amante da liberdade e favorável ao livre trânsito de idéias e
opiniões, respeito o discurso do ilustre colega, embora discrepe. O que
desejo de coração ao prefeito eleito é que o êxito obtido na eleição se
transforme em eficiência na gestão pública, que se transmute num bom
governo. É preciso encontrar uma solução logística para os problemas da
cidade em todos os âmbitos setoriais. É preciso acabar com este gargalo
crítico que impede a cidade de progredir. É preciso trabalhar políticas
de atração para empresas e indústrias que queiram investir na cidade. É
preciso trabalhar políticas de fomento para a criação de um pólo
industrial cujos reflexos iriam fazer o diferencial na economia e na
qualidade de vida da população. É preciso trabalhar políticas públicas
que contemplem com melhorias a Saúde Municipal, a Educação, a limpeza
das praças e avenidas, as estradas vicinais, a organização e atenção nos
serviços da prefeitura, o incentivo do turismo, a oferta de empregos e a
explosão comercial.
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Atuando há mais de 15 anos na
imprensa de fronteira, nos últimos tempos venho sofrendo ataques e
insultos violentos por parte de pessoas que não aceitam algumas verdades
expostas na Coluna. Servidor efetivo da Câmara, por ser o único naquela
Casa a possuir registro de jornalista (DRT), meu trabalho hoje consiste
em divulgar os atos do Parlamento Municipal, registrar tudo o que
ocorre nas relações entre as esferas de poderes e apontar eventuais
lapsos e atos falhos do Poder Executivo acusados pelos ilustres edis.
Meu trabalho na coluna que mantenho nos melhores sites da cidade é
fiscalizar quem foi eleito para gerenciar a cidade, fazer cobranças a
respeito das promessas e denunciar eventuais falcatruas e acordos
nocivos, se houverem. Jornalismo de verdade é publicar alguma coisa que
alguém não deseja que se publique. O resto é armazém de secos e
molhados.
Coluna Almanaque - FAROESTE CABOCLO
Por Fábio Marques
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abril 22, 2017
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