Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), o
esgoto era despejado de forma irregular na rede de escoamento de água
da chuva da região.
No mês passado, equipes da Semosp chegaram a bloquear a passagem e a
água que vai para o ralo dentro da unidade prisional, que contém 226
presos, mas com capacidade para 160.
Transtornos
O esgoto, atualmente, corre pela Avenida 1º de Maio e causa
transtornos. O morador Mário Sérgio disse que antes a rua estava alagada
por causa do período chuvoso. Agora, segundo ele, o problema é o esgoto
a céu aberto.
O auxiliar de despachante Mateus Gomes trabalha e mora na Avenida 1º de
maio. De acordo com ele, o pior horário é na parte da noite, já que o
mau cheiro aumenta.
“Quando chega 19h ninguém fica fora de casa. Me preocupo com meu filho,
pois ele é pequeno e toda hora quer ficar brincando aqui fora”,
explicou Mateus Gomes.
Possível projeto
O diretor de segurança da Casa de Detenção, Aldir Gomes, informou que,
para tentar minimizar o problema, está sendo feito um racionamento de
água na unidade prisional. “A Casa tem três fossas. O que está vazando
fora da unidade são apenas os dejetos líquidos, ou seja, não tem fezes”,
explicou.
Segundo ele, os presidiários não são afetados pelo esgoto, apenas pelo
racionamento de água. Entre os servidores da unidade também não há casos
de doenças ocasionadas pelo transbordamento do material da fossa.
A previsão, agora, é de que seja construída uma estação de tratamento de
esgoto. O engenheiro responsável pelo projeto, da Secretaria de Estado e
Justiça de Rondônia (Sejus), David Moisés Monteiro, informou que pediu
uma análise do material que tem vazado.
O engenheiro relatou, ainda, que não sabe qual valor será destinado a
obra, muito menos de onde será disponibilizado o recurso. “Será
construída uma estação de esgoto baseado em lodo ativado, considerado o
sistema mais moderno de tratamento com 95 % de eficiência. Um projeto
semelhante está sendo concluído na casa de detenção de Jí-Paraná”,
concluiu.
Fonte: G1