Coluna Almanaque: UM DIA NA FAZENDA*

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
A convite do amigo Leo Nogueira, no último domingo passei o dia na fazenda do não menos grande amigo Toninho Nogueira, genitor do já citado Leo Nogueira, empresário do ramo de material básico para construção. Aliás, foi o próprio Toninho Nogueira quem passou em minha humilde tenda, a qual é quase vizinha ao seu grandioso palácio, às nove horas da manhã para juntos seguirmos viagem até o destino de nosso passeio.
O que podemos falar de Toninho Nogueira? Para resumir, apenas que é um cidadão que conquistou tudo o que tem na vida por méritos e esforços próprios. E às custas de muito trabalho, suor e lágrimas. Ao contrário de muitos que se intitulam “fazendeiros” e se vestem à caráter com calças faroeste, botas, cinturão e chapéus de cowboy, Toninho Nogueira não possui como alguns, suspeitas sobre negócios obscuros e muito menos dívidas com o FNO do Basa. Se veste como pessoa simples, como simples ele continua sendo até os dias de hoje.
Chegamos à estância por volta das dez horas, isto depois de atravessar o interminável abre-e-fecha de porteiras regado ao inconfundível cheiro de floresta, campos verdes, de bosta de vacas nelore, da sinfonia dos pássaros e do barulho das águas dos córregos. Também transpomos um grande açude e mais quatro tanques pesqueiros com tambaqui e pirarucu que fazem parte do projeto de manejo deste criador.
Contando hoje com mais de 2.500 cabeças de gado, Toninho Nogueira é sabedor que a indústria de carne bovina é um dos setores que mais cresceram nos últimos anos e, portanto está sempre buscando novos mercados para a sua produção. Hoje sua fazenda fornece gado para grandes frigoríficos de Porto Velho e de Ariquemes, o que lhe confere Status de produtor de gado para abate tipo exportação. Mas a “menina dos olhos” deste mega-empresário é a piscicultura. Seguindo a proposta básica do manejo, Toninho já fez crescer o estoque de pirarucu e tambaquis na vastidão de águas existentes em seu açude e nos tanques pesqueiros. “Fabão, a tecnologia é que é a palavra-chave para o desenvolvimento dos pescados e para a geração de riqueza de maneira responsável e sustentável”, segredou-me no caminho.
Por volta do meio dia, estávamos já na casa de veraneio na companhia do Léo Nogueira, que esteve por lá com um engenheiro da Delta Construções, empresa que hoje trabalha na reforma da BR 425. Enquanto os homens de negócios falavam de “agrobusines”, futebol, política e eleições municipais, na companhia de meu amigo “Jhonny Que Caminha” faixa preta 15 anos, eu estava dando uma ajuda para Dona Jenny, esposa de um dos caseiros, na churrasqueira onde douravam um tambaqui de 8 quilos, metade de um cabrito, costela de porco, uma picanha e algumas toscanas.
No descair da tarde voltamos, mas não sem antes darmos um mergulho nas águas geladas da piscina natural da estância. Às seis da tarde, sob a trilha sonora do mugido das vacas deixamos para trás este final de semana inesquecível.
*Da seleção de melhores crônicas do autor.
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