Por Fábio Marques
Primeiro é preciso que se explique o que é a Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar formada por trinta países, entre os quais Estados Unidos e Canadá. A Otan foi criada logo após a Segunda Guerra Mundial para fazer frente à União Soviética que tinha o Palácio do Kremlin como Quartel General. Após a dissolução da União soviética, as relações entre Moscou e a Otan nunca foram das melhores.
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A verdade é que a Otan sempre esteve criando problemas nas fronteiras com a Rússia como pretexto de anular o potencial nuclear daquele país. Vladimir Puttin alegou em várias reuniões que a Ucrânia estaria na iminência de integrar a Aliança Ocidental, o que acabou dando ênfase para suas tendências belicistas.
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“Se a Otan quiser continuar a existir, vai ter que fazer mudanças em seus conceitos, a começar por se afastar da linha vermelha”. Eis a síntese do discurso de Vladimir Puttin. A linha vermelha é uma fronteira traçada por Moscou que engloba países sob a esfera de sua influência. Ucrânia e Rússia sempre fizeram parte de uma mesma família. Sempre existiu uma ligação de história e tradição de um povo que se dividiu em dois países. Partindo desta premissa, Moscou decretou que Rússia e Ucrânia não poderiam nunca estar em blocos contrários. Ou entravam os dois de forma conjunta na Otan ou nenhum entraria.
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Hoje o mundo inteiro assiste atônito a este absurdo teatro de horrores: explosões pipocam a todo instante. Bombardeio, massacre, morticínio. Pânico, inferno, pesadelo. Cidades em chamas. Corpos em destroços. Estupros sexuais. Pessoas em estado de choque. Câmeras filmando imagens e descrições do Apocalipse ao vivo e a cores. Mulheres e crianças chorando aos prantos. Todos fugindo das áreas de conflito e deixando suas histórias de vida para trás. Seres humanos sem alma, sem pátria, sem destino, sem futuro, a depender de forma única e exclusiva das ajudas solidárias.
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O cheiro de pólvora e enxofre se mistura aos odores das fumaças, fuligens e corpos queimados. A situação se agrava porque já ameaça estar passando de um confronto armado para um conflito bélico-nuclear. Não existe mais condição de acordo. O diálogo agora é inviável. Com seu estilo ácido de fazer política, Vladimir Puttin já deu o recado para o restante do Planeta: de seu mau caráter o mundo pode esperar atitudes ainda piores. Figura terrível em seu próprio país, o mandante em chefe de Moscou também vem banindo órgãos de ir imprensa russos contrários à invasão da Ucrânia.
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Impondo sanções comerciais contra a Rússia como punição contra o conflito na Ucrânia, haverá reações contrárias na economia de todos os países. A Rússia tem produtos de extrema relevância para todo o planeta: petróleo e gás natural. Louco varrido, Vladimir Puttin também avisa: Se não houver uma relação mais estreita entre a Rússia e a Europa, muito difícil se construir a paz mundial dentro de prazos limites.
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Estejam atentos: hoje, uma única pessoa no mundo pode acabar com todo o Planeta na hora que mais lhe convier...
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