Coluna Almanaque: ESTADO VIOLÊNCIA

Por Fábio Marques
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 Por Fábio Marques

Hoje em dia a população vive num crescente clima de medo devido á ação de marginais, armados ou não, de gravata ou de camiseta, ligados ou não ao aparato de poder do Estado, sejam eles ladrões pés-de-chinelo, deputados, prefeitos, governador ou senador. O que distingue estes patifes é que enquanto alguns roubam e assaltam pela força das balas, outros fazem a mesma coisa através das falas. Entre os bandidos políticos e os bandidos marginais, ainda prefiro os últimos porque pelo menos são mais sinceros que os políticos, até porque não recebem salários pagos pelo povo para roubar.

Do simples assalto nas casas ao roubo dos recursos públicos, as pessoas vão sendo achacadas, humilhadas, assassinadas, violentadas. Em doses cavalares se degradam as atividades econômicas, sociais e culturais. As atitudes cordiais de respeito parecem se desmoronar ante a distinção entre trabalhador e bandido, o cidadão honesto do canalha, o bem do mal. E deste momento de dúvida e receio se aproveitam a alta e a baixa bandidagem fazendo com que os poderes de polícia, de justiça e até os meios de notícias confundam as verdades.
Os cofres públicos são roubados, as pessoas assaltadas em vias públicas, as casas arrombadas, rouba-se, mata-se, estupra-se e esfola-se a torto e a direito. A vida noturna, as atividades de comércio e turismo, a diversão e a cultura vão sofrendo feridas de morte. Rápido os bandidos vão ocupando todos os espaços – do governo, das entidades sociais e bairros inteiros.
Cabe à sociedade organizada enfrentar esta situação. É preciso que se exija das instituições que comecem a enxergar a questão da violência não somente pela ótica da sua expressão mais explicita – os confrontos que resultam em roubos e assaltos na vias públicas – mas também nas suas atuações que possuem garantias da própria lei e das normativas impostas através de emendas e decretos. O que não pode mais é a população continuar pagando pelos pecados de seus políticos. Pensar, no entanto, que a questão da segurança acabe na ação policial, ou que uma lei de “Tolerância Zero” consiga resolver as coisas enquanto as atividades da saúde pública, educação e outras não são atendidas, além de ignorância de raciocínio, é acima de tudo, uma falta de percepção das coisas.
Para um eficaz confronto à violência, é preciso que se comece a combater a doença em seu estágio inicial. Por isto seria salutar começar a estancar alguns valores negativos que a influência do mundo capitalista está nos impondo, tais como a desunião familiar, a sociedade de consumo, a promiscuidade sexual e ainda, uma cultura de ações violentas que se propagam através de filmes de porradas passados como diversão “Made Estados Unidos”.
Quanto aos políticos, é preciso apenas dar as costas para eles. É preciso entender que o que é bom para essas pessoas, não é bom para a gente. Eles não são nada. Eles apenas têm. E querem ter cada vez mais, se possível ás custas de nossos suores e lágrimas ou de golpes de chicotes no nosso lombo.

*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.

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