O Dia da mentira

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques

Dá para imaginar um mundo sem mentiras? Um mundo sem advogados de defesa, sem discursos de políticos, sem elogios sem maiores interesses para a mulher bonita e da mentira do nosso dia-a-dia político onde todos se utilizam deste expediente com desenvoltura? A mentira anda tão popular que nos dias de hoje a verdade precisa de RG, CPF e atestado de Nada Consta para ser levada a sério. A verdade é que a verdade está sem crédito na praça e o fato é que a mentira vem movendo o mundo.
Mas como mil mentiras contadas diversas vezes acabam se tornando verdade, assim fazemos de conta que cremos naqueles que nos enganam, nas instituições, no amor da amante, na conversa do vendedor e nos discursos de políticos em campanha. Em Guajará-Mirim, é notório a população assistir em toda campanha política, a aparição de candidatos a distribuir sorrisos, apertos de mãos e tapinhas nas costas na feira pública, coisa que acaba soando para muita gente perplexa, confusa e surpresa, como uma enganação, um logro, uma farsa e portanto, numa mentira.
Mas em matéria de mentira, existe um ex-prefeito que pode se considerar o maior Pinóquio da história de Guajará-Mirim. Prometeu 2.000 empregos para a população, arrumar a saúde, melhorar a educação, iluminar as avenidas, estender a rede de águas e esgotos da cidade e levantar o moral social dos cidadãos, e ao final de seu mandato só conseguiu arranjar desculpas, lorotas, boatarias, conversas, “cascatas”, prosopopéias e mentiras e mais mentiras.
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No dia 1º de Abril celebra-se o Dia da Mentira. Segundo a Wikipédia, o hábito de festejar o 1º de Abril é universal e parece que teve origem na mudança do calendário gregoriano no século XVI que acabou recuando o início do ano, que antes acontecia entre 25 de março e 1º de abril para 1º de janeiro. Como nem todos aceitaram esta mudança e persistiam em continuar mantendo a data antiga, estes acabaram sendo alvo de gozações de pessoas que faziam-lhes convites para festas que não existiam. De lá para cá é costume entre amigos celebrar esta data passando trotes uns nos outros.

Nunca ninguém ficou sabendo de sua segunda e última morte. A primeira foi a 60 anos. O caixão estava sendo levado pelos amigos e seguido pela mulher que voltara às pressas de uma viagem. No cemitério foi aberto para as últimas homenagens. No trajeto alguns se punham a comentar que o mundo não havia perdido nada, enquanto outros faziam questão de exaltar a dignidade do defunto. Não houvera velório. A morte se dera de repente. E o corpo só fora descoberto no dia seguinte, e como o agente da funerária era da mesma turma, o corpo partiu direto de casa para o cemitério. Foi então que ao abrir o caixão que o falecido se desfez das flores, levantou-se e gritou: - Primeiro de abril, bando de filhos-da-puta! Foi aquela correria. A suposta viúva que estava acompanhada do amante - que foi o primeiro a se escafeder - deu um grito e quase caiu na cova aberta. Os amigos e cúmplices caíram na gaitada. Antônio de Pádua (este o nome do defunto) foi nomeado para um cargo federal na capital. Com certeza já deve ter morrido. No dia 1º de abril de 1.952, data do fato aqui narrado tinha 56 anos. Não é possível que tenha chegado neste 1º de abril de 2.016 aos 120.
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