Por Fábio Marques
O povo já está cansado de durante todas as campanhas,
escutar propostas vazias, sem nenhuma mensagem de impacto, além de
serem, maioria das vezes, mal educadas e repetitivas. Que tipo de
exemplo e mensagem recebem nossos filhos a respeito de política quando
ouvem todo tipo de demagogia dos candidatos?
Em geral
essas lenga-lengas não passam de discursos vazios onde se repete o
óbvio, sem nenhum compromisso com a verdade e com possibilidades
concretas de execução das promessas. Por isso é que ninguém mais agüenta
ouvir discursos de candidatos nos programas eleitorais, que se repetem
em todas as campanhas: “Prometo cuidar da saúde, da educação, do
saneamento básico, do bem estar social e dar um melhor futuro para
nossas crianças...” Quem agüenta isso? Quem é que quer escutar o óbvio
duas vezes por dia durante o horário gratuito do rádio e da televisão
sabendo que os discursos são os mesmos e que mudança nenhuma irá
ocorrer?
E se a gente mudasse de forma radical a forma de
apresentar as propostas dos candidatos ou fizesse um acordo com eles com
registro em cartório sob pena de perda de mandato em caso de não
cumprimento com as promessas feitas a priori? Teríamos uma campanha
séria como cláusula principal, sem ataques pessoais, sem denúncias
vazias e “dossiês” mentirosos.
Seria uma campanha de
propostas e com vários debates para levar à sociedade as idéias e
projetos de governo dos candidatos para o povo escolher a melhor. O
candidato deverá dizer como vai implementar seu programa de governo e as
promessas deverão ser todas cumpridas sob pena de perda de mandato.
Por último, mas não menos importante: o candidato terá que
firmar compromisso de só nomear secretários por mérito e por critérios
exclusivamente profissionais e técnicos, não importando o ideário
político ou partido de origem, e não por apadrinhamento ou troca de
favores. Outrossim! Seria proibido o compadrio na coisa pública.
Caso fosse adotada esta medida, a gente poderia concluir que as
eleições teriam novas propostas atreladas à condutas e técnicas modernas
de administração que iriam contemplar sobretudo o respeito ao orçamento
e ao dinheiro público. Por outro lado, é claro que iriam aparecer
grupos da nossa decadente elite que representam o passado de uma
política ineficiente e corrupta e que querem porque querem continuar
mantendo o “status quo” através dos desmandos, conchavos e negócios com a
coisa pública.
Deste confronto de idéias poderia nascer
ou não uma nova Guajará forte comercialmente e importante politicamente,
ou então a permanência de uma cidade em seu estado de letargia e que
ano após ano vai perdendo sua importância no cenário estadual.
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Neste clima de frenesi em que estamos vivendo e que antecede as
eleições que estão por vir, a gente começa a ver de tudo, mas muito
pouco de realizações que, por obrigação, deveriam estar calcadas na
sabedoria e no senso comum. Não está no gibi as coisas hipócritas que
somos obrigados a assistir todos os dias. É baixarias nas redes digitais
da Internet, desaforos, ironias, enganações, demagogias, afrontas,
alugações, conversas fiadas e mudanças de posição política conforme as
conveniências. E nós, cidadãos, ávidos por propostas que minimizem
nossos problemas diários vindas de líderes que administrem sem intrigas
nem picuinhas, temos que assistir boquiabertos a este teatro macabro da
política de Guajará-Mirim.
Coluna Almanaque - PROPOSTAS PARA A CAMPANHA DE 2016
Por Fábio Marques
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agosto 27, 2016
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