Cinco aldeias indígenas de Guajará-Mirim estreiam mediação tecnológica

O ano termina com resultado positivo para territórios de 54 povos indígenas de Rondônia e perspectivas de avanço em 2017, conforme avaliou na sexta-feira (9) o coordenador estadual dessa área na Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Antônio Puruborá.
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O Mamoré
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O ano termina com resultado positivo para territórios de 54 povos indígenas de Rondônia e perspectivas de avanço em 2017, conforme avaliou na sexta-feira (9) o coordenador estadual dessa área na Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Antônio Puruborá.
“Apesar dos problemas de demarcação e de saúde, vivemos um momento importante, debatendo nossas carências que irão subsidiar a Conferência Estadual e a 2ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (Coneei)”, comentou o coordenador.
Com a participação de aproximadamente 300 pessoas, aldeias dos municípios de Alta Floresta do Oeste, Espigão do Oeste, Pimenta Bueno e rio Mamoré/Guaporé debateram seus problemas e outras regiões deverão concluir a primeira fase até março do próximo ano.
Qual a forma de educação que melhor atende à realidade indígena no estado? – é a principal indagação nesse debate.
A coordenadoria encerrou a primeira parte das conferências com o debate de metodologias que definirão os rumos das políticas públicas para o setor nos próximos anos. O Conselho Estadual de Educação Indígena será instalado no início de 2017.
Segundo Puruborá, o clima de expectativa toma conta dos povos indígenas: cinco escolas de educação indígena no município de Guajará-Mirim, na fronteira brasileira com a Bolívia, iniciarão a mediação tecnológica no primeiro bimestre de 2017. Elas se situam na Baía das Onças, Ricardo Franco, Rio Negro Ocaia, Sotério e Tanajura – todas, a mais de 400 quilômetros da capital, Porto Velho.

118 ESCOLAS INDÍGENAS
O coordenador avalia que o reconhecimento dessas metodologias próprias significa “a consolidação de esforços e de lutas” desde a promulgação da Constituição Federal de 1988.
Segundo ele, o direito a uma educação escolar específica e diferenciada proporcionará o respeito à realidade sociocultural e garantirá a sociodiversidade em algumas ações.
Nesse compasso, as escolas indígenas de Guajará-Mirim utilizarão recursos do Programa de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica (Pidise), financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e administrado no estado pela Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão.
Atualmente, 118 escolas indígenas no estado ensinam a língua materna da 1ª à 5ª série e nelas trabalham professores indígenas formados pelo Projeto Açaí, que em 2016 inteirou o quinto módulo.
A 1ª fase da 2ª Connei ocorrerá nas aldeias e delas participam crianças, adultos e idosos, entre eles, pajés. A 2ª fase é a Conferência Estadual, marcada para junho de 2017 no Centro de Treinamento da Emater, em Ouro Preto do Oeste, na qual são escolhidos delegados das comunidades. E a 3ª fase, em novembro do ano que vem, ocorrerá em Brasília.

Fonte: Secom - Governo/RO.
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