Por Fábio Marques
Hoje em dia percebe-se que cada vez menos os jovens se interessam pela
política. Não estão de todo errados. Se o que eles assistem e escutam
todos os dias é de dar embrulhos, o que queremos que eles façam? E vai
piorar ainda mais, pois os corruptos se interessam e muito pela
política, estão na política e adoram a política. Política hoje é
profissão e não vocação. E o currículo para ingressar no negócio é ter
atuado em qualquer ato ilícito, ou seja, roubo, tráfico, extorsão e até
assassinato. Ter ficha criminal é atestado para adentrar o show business
da política.
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Outra coisa: os jovens também não se
interessam pela política porque tem problemas demais sobrando. Primeiro
querem conseguir emprego e depois segurá-lo, mesmo que este emprego lhes
garanta apenas 950 Reais mensais. Pois para conquistá-lo foi à custa de
muitos suores, lágrimas e até humilhações. Em seguida vem a insegurança
constante. Como alguém pode pensar em vida pública quando tem que estar
voltado para manter a própria vida? E por último, sabem que qualquer
ato público tem caráter político, e mesmo que alguns manifestos atinjam
seus objetivos através das denúncias, quando se apuram os fatos, o
resultado acaba sempre em absolvição dos culpados.
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Já
foi falado na Coluna, mas não custa nada repetir. Ganhando Haddad ou
Bolsonaro, tanto o títere como o tirano, vão ter que se ajoelhar e pedir
bênçãos no oráculo do MDB se quiserem governar. Na política do Brasil,
há décadas que não há como escapar deste inglório destino.
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O Congresso Nacional sempre teve práticas marginais. Parece até que é
uma questão cultural. Lógico que existem exceções. Também tem gente de
boa índole e conduta. O problema é que por conta dos vícios do sistema,
acabam por aderir e para preservar seus mandatos, aceitam favores
oficiais entre os quais a nomeação de parentes e amigos. Por este
prefácio começa o rabo preso. E com o rabo preso, como é que vão fazer
suas atuações com lisura?
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Neste domingo acaba a
agonia de mais uma eleição geral. No processo de qualquer eleição é
preciso dar crédito para aquelas pessoas que estão dispostas a
participar de ideais de mudanças. Por outro lado, existem muitos
eleitores que aguardam a época para tirar vantagem, ganhar uma merreca e
propagar à todos que trabalha para o político fulano de tal. Como se
isso fosse representar alguma coisa para tal político.
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Infelizmente o voto de um alienado analfabeto tem o mesmo valor do voto
consciente de quem sabe o que é política. Quem vota por alguma coisa é
tão corrupto quanto os políticos que elege. Tudo o que podemos desejar
são mudanças. Mas como mudar se o povo não muda?
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O
abraço da Coluna vai para o amigo de coração Leo Nogueira. Vascaíno como
este que vos está teclando, Leonardo é o tipo de gente que de graça
usufrui da simpatia deste cronista e cuja amizade é recíproca desde
priscas épocas. Gente boa, brincalhão, guerreiro e obstinado, à frente
de sua empresa, a Areal Planalto, Leonardo também é gente que ajuda a
cidade a progredir. E no âmbito da presteza comercial de sua companhia,
corresponde à altura o ofício por vocação. Uma cara que parece ter
nascido com o espírito voltado para os negócios. Sucesso sempre amigo
Leo Nogueira.
Apoio Cultural:
Coluna Almanaque: CRISE DE VALORES
Por Fábio Marques
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outubro 26, 2018
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