Alunos e professores protestam contra bloqueio de verbas no Ifro em Guajará

Manifesto começou no campus e seguiu pelas ruas da cidade. Eles também são contra a Reforma Trabalhista.
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O Mamoré
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Estudantes e professores do Instituto Federal de Rondônia (Ifro) realizam nesta quarta-feira (15) um manifesto no campus do Ifro de Guajará-Mirim (RO), na fronteira com a Bolívia. O protesto é contra o bloqueio no orçamento dos institutos, anunciado pelo Ministério da Educação (MEC), e também contra a Reforma da Previdência.

Os alunos e servidores se reuniram por volta de 10h (local), no Ifro, e logo depois caminharam até a rotatória principal da cidade. Eles usaram cartazes pedindo investimento na educação.

Alunos do Ifro protestam contra bloqueio de verbas em Guajará
Segundo os organizadores, cerca de 50 alunos estão mobilizados no protesto. A Polícia Militar (PM) não acompanha a passeata, que segue de forma pacífica.

Segundo Reginaldo de Souza, professor de geografia e integrante do Sinasefe, duas manifestações estão sendo realizadas na cidade, sendo uma de servidores e outra de alunos.

Alguns alunos da Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir) também se uniram ao protesto em Guajará-Mirim.

Contingenciamento
Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.
Manifestantes carregam cartazes em protesto pelo Ifro em Guajará 
De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.

Em 2019, as verbas discricionárias representam 13,83% do orçamento total das universidades. Os 86,17% restantes são as chamadas verbas obrigatórias, que não serão afetadas. Elas correspondem, por exemplo, aos pagamentos de salários de professores, funcionários e das aposentadorias e pensões.

Segundo o governo federal, a queda na arrecadação obrigou a contenção de recursos. O bloqueio poderá ser reavaliado posteriormente caso a arrecadação volte a subir. O contingenciamento, apenas com despesas não obrigatórias, é um mecanismo para retardar ou deixar de executar parte da peça orçamentária devido à insuficiência de receitas e já ocorreu em outros governos.



Fonte: G1
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