A pandemia de coronavírus levou o IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística) a adiar a realização do Censo Demográfico, que
seria iniciado no dia 1º de agosto. Parte dos recursos separados para a
pesquisa serão transferidos a ações de enfrentamento à crise sanitária.
Em nota, o IBGE diz que a decisão considera recomendações do
Ministério da Saúde em relação ao quadro de emergência de saúde pública. O novo
cronograma prevê o início da coleta dos dados em 1º de agosto de 2021.
Maior pesquisa realizada pelo instituto, o Censo Demográfico
é realizado a cada dez anos, com o objetivo de traçar um retrato da população
brasileira em aspectos como renda, educação e mortalidade, entre outros. Seus
resultados são usados para a definição de políticas públicas.
A pesquisa é feita por meio de entrevistas presenciais. Para
essa edição, estão previstas visitas em cerca de 71 milhões de domicílios em
todos os municípios brasileiros. Além do risco de contágio, diz o instituto, as
restrições de movimentação e aglomeração de pessoas eliminaram o tempo hábil
para treinamentos.
No início do mês, foram abertos concursos para a contratação
de cerca de 208 mil empregados temporários para atuar como agentes censitários
e recenseadores. As provas estavam agendadas para o dia 17 de maio e os
treinamentos seriam iniciados em julho.
O processo seletivo foi suspenso. “Candidatos que já
efetuaram o pagamento da inscrição serão reembolsados conforme orientações a
serem publicadas nos próximos dias”, informou o instituto.
REALOCAÇÃO DO ORÇAMENTO
O IBGE diz que estabeleceu com o Ministério da Saúde
compromisso de realocar o orçamento do Censo em ações de enfrentamento ao
coronavírus. Em 2021, o ministério devolverá os valores para garantir a
realização do Censo.
A preparação do Censo Demográfico 2020 enfrentou uma série
de problemas, que começaram com restrições orçamentárias e culminaram com a
renúncia de gestores do IBGE em protesto contra a direção.
O planejamento original previa gastos de R$ 3,4 bilhões. Ao
assumir a presidência do IBGE no governo Jair Bolsonaro, Susana Cordeiro Guerra
determinou um corte de 25% do valor, medida que gerou protestos e alertas entre
especialistas e técnicos do instituto.
Nomeada por Guedes, Guerra defendeu que os cortes
orçamentários não teriam impacto na qualidade da pesquisa. Uma das medidas para
economizar foi a redução do tamanho do questionário: em sua versão básica, o
número de questões caiu de 34 para 25; na completa, aplicada em 10% dos
domicílios, de 112 para 76.
O adiamento foi anunciado poucas horas depois de nota em que
o próprio IBGE dizia que informaria “em breve” sobre o novo cronograma da
pesquisa. No mesmo texto, o instituto anunciou a suspensão das entrevistas
presenciais para a pesquisa de desemprego.
A suspensão das coletas de dados em domicílio foi solicitada
na segunda (16) pela Assibge, sindicato que reúne os funcionários do instituto
para evitar riscos de contágios pelo novo coronavírus.
Chamada de Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar)
Contínua, a pesquisa do desemprego também é feita com entrevistas presenciais.
O IBGE diz que está estudando alternativas que não envolvam a visita a
domicílios.
“Toda e qualquer opção ou possibilidade será antes testada e
validade para assegurar os padrões de qualidade e excelência do corpo técnico
do IBGE, buscando preservar a série histórica dos dados”, disse o instituto.
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