Por Fábio Marques
O Hospital Regional é o espelho real de todo o desmazelo da coisa
pública em Guajará-Mirim. A Saúde, a principal necessidade de
cidadania, está ao abandono. Se com esta precisão os gestores não estão
nem aí, como será que estão andando as outras questões de caráter
social? Agora o silêncio dos cidadãos frente a estes descalabros são
também reflexos da falta de interesse de fazer cobranças àqueles que
elegeram para cuidar das coisas que são deles mesmos, os cidadãos.
Acorda pessoal! Quando menos se espera pode ser preciso recorrer ao
hospital de Guajará-Mirim. E os serviços de atenção são de obrigação do
município e do Estado.
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É salutar que se coloque em
realce nesta situação que os funcionários da Saúde não têm nada a ver
com os desmandos da administração. São pagos para fazerem seus deveres
de atender a população. E estão fazendo. Ocorre que não possuem
estrutura para atender a demanda da cidade e da região. Estes atuantes
guerreiros não têm culpa alguma. Às vezes fazem plantões sem dormir e
nem comer direito para atender com dignidade aqueles a quem socorrem.
Cansados, com fome e com sono, jamais deixaram de atender a todos que
recorrem à este complexo médico. E a prova de que todos tem atenção são
os prontuários. Portanto, estão cumprindo seus ofícios de atender os
usuários. Contudo, não tem culpa se o sistema é falho, se não tem
recursos e nem materiais. E apesar de mal remunerados, estão fazendo
seus trabalhos como bons seres humanos.
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A cidade hoje
também agoniza com a questão das ruas esburacadas, problemas estes cada
dia mais crônicos. Reparos paliativos não resolvem a situação. Quando
emendam uma avenida, outras crateras já começam a emergir nas outras
artérias causando acidentes e dissabores aos cidadãos.
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Frente a tantos problemas, impressiona o conformismo e a apatia de
algumas pessoas que parecem que só se preocupam com o Eu, com o meu. Não
se importam com o bem estar geral. Isso é ruim porque o poder é das
pessoas. São as pessoas que fazem as coisas ocorrerem, tanto as
positivas como as negativas. Infelizmente se acomodam com as negativas.
Não gostam de política? Ignorância. Porque política sem povo é domínio e
aos dominados só cabe obedecer.
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Para ajudar
Guajará-Mirim a desenvolver teríamos que criar uma associação, uma
equipe, uma célula, seja qual nome for para levantar os problemas e
procurar soluções. Seria como organizar uma coalizão ou força de atuação
dos cidadãos com o objetivo de encarar os diversos problemas até chegar
a um consenso máximo. Isso dá trabalho e exige tempo, disposição e
tolerância para com as idéias diferentes. Seria mais ou menos como uma
gestão paralela, já que esta que aí está não funciona. E teria que ter
adesão do poder privado já que o poder público parece também não
funcionar. De repente, quem sabe, o prefeito poderia começar a
trabalhar. Sim, porque o dinheiro que se emprega na prefeitura poderia
muito bem estar disposto nesta coalizão a favor da cidade. Esta utopia
teria que ser revista, porque viola a Carta Magna. Mas falar é
importante. É uma arma de defesa. Apesar da utopia.
Apoio Cultural:
Coluna Almanaque: O RETRATO DO DESCASO
Por Fábio Marques
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março 29, 2019
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