Operação Integrada captura líder criminoso na Bolívia após meia década de fuga
A prisão ocorreu durante uma abordagem no Porto Oficial de Guayaramerín, Beni/Bolívia
GUAJARÁ-MIRIM/RO – Em uma ação de inteligência que reafirma a vigilância rigorosa na região amazônica, as forças de segurança do Brasil e da Bolívia capturaram, na manhã desta quinta-feira, 18, o brasileiro José Marcelo Velasco Ribeiro. A operação, marcada pelo alto nível de coordenação transfronteiriça, é o resultado da integração estratégica entre o Núcleo Integrado de Inteligência de Fronteira (NIIF-GEI/SESDEC/RO) e a Armada Boliviana.
Ação no Porto de Guayaramerín
A detenção ocorreu durante uma abordagem no Porto Oficial de Guayaramerín, executada pela "Unidad Técnica Especializada de la Armada Boliviana", vinculada à Capitanía de Puerto Mayor Socrates Vargas Camacho. O sucesso da missão encerra um período de aproximadamente cinco anos em que o indivíduo se ocultava em solo boliviano, após evadir-se do sistema prisional brasileiro em meados de julho de 2020.
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Foco no tráfico de entorpecentes
A importância desta captura reside na gravidade das acusações que pesam sobre José Marcelo. Os mandados de prisão que fundamentaram a recaptura são de natureza grave, tipificados pela Lei de Drogas (Lei 11.343), especificamente pelo crime de tráfico de entorpecentes e causas de aumento relacionadas à transnacionalidade do delito. A natureza dos mandados expedidos pela 1ª Vara Criminal de Guajará-Mirim reforça o perfil do alvo como um elemento central nas redes de distribuição de substâncias ilícitas na faixa de fronteira.
Logística e cooperação internacional
A operação demonstrou o funcionamento impecável do fluxo de cooperação entre as agências de inteligência do governo de Rondônia e as forças militares da Bolívia. Após a voz de prisão em território estrangeiro, o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFRON) assumiu o apoio logístico, realizando a escolta e o transporte seguro do foragido até o Brasil.
O capturado foi entregue à Delegacia de Polícia Federal em Guajará-Mirim, onde foram iniciados os trâmites para o cumprimento integral da pena, agora regredida cautelarmente para o regime fechado em razão do histórico de evasão. Esta ação conjunta é vista pelas autoridades como um marco no combate ao narcotráfico e um aviso claro de que a fronteira não servirá de refúgio para aqueles que desafiam o sistema de justiça brasileiro.
Fonte: Assessoria
