Coluna Almanaque: TUDO BEM NO ANO QUE VEM

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques

Por algum tempo de minha errática vida, os festejos de final de ano chegavam a me estressar. Mal entrava o mês de Dezembro, num acesso de cólera e revolta eu já passava a responder sempre de cara fechada as saudações do dia-a-dia e desligar a televisão toda vez que aparecia algum comercial com as promoções natalinas. À maneira de Che Guevara, eu tinha aversão pelos rituais burgueses do status quo hipócrita e não tinha sequer para lhes contrapor as utopias de um contrato social que só existia nas imagens e ilusões da minha cabeça.

Afinal, esse negócio de festejo de final de ano não passa de convenção. O Planeta Terra não começou num Primeiro de Janeiro oficial e os problemas do dia-a-dia serão os mesmos depois do Reveillon. Isto se não forem piores por conta da ressaca, inclusive a ressaca moral. Por que então toda essa euforia? Assim pensava eu em minhas vãs filosofias. Mas de uns tempos para cá acabei revendo meus conceitos.
Continuo não gostando de festinhas tipo Amigo Oculto e pessoas que a gente abomina, mas que nestes eventos nos abraçam como se tivessem achado o irmão gêmeo que havia sumido desde quando foram paridos. Talvez nem tenha mudado tanto, mas agora depois dos cinquenta, estou menos radical.
Muito bem. Uma vez posta em prática esta mudança em minha psiquê, gostaria de ressaltar que continuo achando a virada do ano uma convenção. Mas qual o problema? Aonde é que tá escrito que as convenções não possuem caráter de importância? A Convenção de Genebra também é uma convenção. Mas quantos crimes de guerra os Estados Unidos não cometem mundo afora sem darem a mínima para este ajuste de conduta? Casamento também é convenção. Mas em história de casamento muita gente já se arrumou ou se estrepou pela vida inteira. O fato de ser uma convenção não subtrai o valor que se embute na coisa. Por exemplo, a escrita também é uma convenção. Mas se não fosse desta maneira, estes garranchos que vocês estão lendo agora jamais iriam existir.
Hoje já começo a entender as promessas de ano novo. Os projetos e desejos de todas as pessoas. Por que não? Mesmo a gente sabendo que a vida não é uma novela e que nada mudará de um dia para outro como num final de romance do Harold Robbins, a coisa funciona como uma ótima ocasião para planejar sonhos, prospectos, perspectivas. De minha parte, na noite de 31 de Dezembro, erguerei um brinde para todos os amigos e leitores da Coluna, pelas melhorias na vida de todos e pela paz mundial. Só não vai ser com champanhe. Vai ser com uma garrafa Long Neck da Stela Artois mesmo. Mas o que está valendo é a intenção.
Aproveito o ensejo para desejar a todos um feliz e próspero ano novo, se possível com muito dinheiro no bolso, muita paz, muita harmonia, saúde à vontade e à disposição para dar e vender. Um abraço a todos!

*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.




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