Coluna Almanaque: SOMOS TODOS CORRUPTOS?

Por Fábio Marques
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Por Fábio Marques

Hoje em dia fala-se muito na cultura da corrupção. Aqueles que se conformam com tudo o que lhes são impostos goela-abaixo afirmam que sempre houve corrupção neste mundo desde os tempos de Adão, Eva e a Serpente do mal. Quando se fala à nível de Brasil, aí é que a coisa descamba para a unanimidade entre os inertes que só falam mas nada fazem, que passam a citar exemplos de malversação, desvios, nepotismo, favores oficiais, cartas marcadas, caixa dois, compadrio na coisa pública y otras cositas más...
Uma coisa há que se concordar: a maioria das administrações públicas sempre procura amigos a fim de facilitar o acesso aos negócios com o Estado, que na maioria dos casos, atendem a interesses privados ou contratos de campanha. O mais grave problema aí embutido chama-se empreguismo. Isto acontece quando os mandantes de cargos são obrigados pelos acordos de campanha a empregar pessoas sem qualificação alguma para os cargos que exercem, a fim de satisfazer estes mal cheirosos acordos.
Por outro lado, o Estado às vezes também se protege através de concursos públicos para servidores de carreira, o que pode reduzir o problema. Além disso, por falta de grandes empresas ou indústrias na cidade, o serviço público pode ser a tábua de salvação para muita gente que tem algum talento dentro daquilo que lhe é pedido, assim como uma maneira de se distribuir renda.
Tirante os bons e os maus exemplos de administrações que via de regra se vinculam ao aparato estatal, há que se ressaltar que a corrupção acha-se incrustada em todos os setores sociais e políticos: Existe na Polícia (todas, umas mais, outras menos, mas todas), na Receita, no Ibama, no INSS, na Saúde, na Educação, no Comércio, na Indústria, nos meios de Imprensa, no Executivo, no Judiciário, nas Igrejas e nos cabarés. Exemplos não faltam.
Corrupção: vulgo ladroagem, roubalheira, quanto mais se tem, mais se quer ter, quem não rouba está ferrado. Corrupção do sistema, corrupção dos valores, corrupção dos costumes, corrupção das consciências. Os esquemas de desvios em alta contra o Estado de direito. De tanto ver a corrupção triunfar, as pessoas de bem começam a sentir vergonha de serem honestas. Mais dia, menos dia há de se tomar uma sanção pragmática contra achaques, subornos e falcatruas. A corrupção além de provocar a delinqüência, divide famílias, coloca marido contra mulher, pais contra filhos, eteceteras, eteceteras...
Por fim, mas não por último, a corrupção também serve à uma política canalha que assassina de maneira sub-reptícia. O dinheiro que desviam estes patifes é aquele que acaba faltando para a geração de empregos, para equipar hospitais, comprar remédios a preços reais, educar as crianças, enfim, promover o bem-estar social. Quando uma criança morre no hospital por falta de remédios, não se trata de acidente do destino, mas de homicídio do qual todos nós somos cúmplices. Todos nós que achamos normais os desvios de recursos, as “comissões”, as propinas, o toma-la-da-cá e as ajudas para campanhas mediante acordos de negócios futuros.

*O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "opinião", que é exclusiva do autor.








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