O caso foi desvendado durante a Operação
Apate, que revelou a existência de uma organização criminosa voltada ao
oferecimento de cursos de graduação e pós-graduação sem a devida
autorização do Ministério da Educação (MEC).
De acordo com a investigação, a
proprietária do Ciperon, Doranilda Alves da Silva Borges e mais 13
pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Rondônia e
atualmente respondem na Justiça comum estadual, a processos pela prática
dos crimes de organização criminosa, estelionato, falsidade ideológica,
além de crimes contra a economia popular e relações de consumo.
Segundo informações, a equipe de
reportagem já colheu depoimentos no Ministério Público Federal em Porto
Velho, promotores de Justiça em Guajará-Mirim, o prefeito Claudionor
Leme da Rocha (professor Claudionor PDT).
“Vamos decretar estado de calamidade
pública na educação, caso o Ministério Público determine imediatamente a
demissão destes servidores. Mais de 1500 alunos serão afetados, caso
isso aconteça, pois não temos reserva técnica de professores e vai ser
um caos no município”, alerta o prefeito.
Dados
Dezenas de alunos relataram a reportagem
todo o ocorrido e esperam pagamento de indenização por danos materiais e
morais sofridos pelas instituições de ensino não autorizadas pelo
Ministério da Educação (MEC).
De acordo com o MP, a organização estava
instalada em pelo menos 17 localidades, das quais 14 estão localizadas
em Rondônia. Até em novembro de 2017, mais de 1300 alunos já haviam
recebido os falsos diplomas. Em torno de 33 mandados de busca e
apreensão, 23 conduções coercitivas, em 14 localidades espalhadas pelo
Estado de Rondônia já foram cumpridos.
O nome da operação vem da mitologia
grega, sendo Apate um espírito feminino que personifica o engano, o dolo
e a fraude, em alusão aos crimes cometidos pela organização criminosa.
Fonte: Rondonotícias